Publicidade
O governo lançou um novo modelo de crédito imobiliário que promete facilitar a compra da casa própria, especialmente para famílias da classe média que hoje não conseguem se enquadrar no Minha Casa, Minha Vida nem pagar os juros do mercado.
O plano, aprovado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), aumenta o limite do valor dos imóveis financiados de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões, limita os juros a 12% ao ano e deve liberar R$ 111 bilhões em novos financiamentos a partir de 2027.
Veja a seguir as respostas às principais dúvidas que podem surgir a respeito do novo modelo.
Planejamento financeiro
Baixe gratuitamente!
- Por que o governo fez essa mudança?
- Quem poderá se beneficiar?
- Quais são as principais condições?
- Quando começa a valer?
- Quanto dinheiro vai circular com o novo sistema?
- Em resumo: o que muda para quem quer comprar um imóvel?
Por que o governo fez essa mudança?
Nos últimos anos, os saques da poupança cresceram e os bancos passaram a ter menos dinheiro para oferecer crédito imobiliário.
Com isso, muita gente ficou sem opção para financiar um imóvel, mesmo com boa renda.
O novo modelo resolve parte desse problema: os bancos poderão usar parte do dinheiro que antes ficava parado no Banco Central (o chamado depósito compulsório) para oferecer mais financiamentos habitacionais.
Segundo o Banco Central, isso vai colocar mais dinheiro em circulação e ajudar a aumentar a oferta de crédito com juros mais baixos.
Continua depois da publicidade
Quem poderá se beneficiar?
A nova linha de crédito é voltada a famílias com renda entre R$ 12 mil e R$ 20 mil por mês, um público que não se encaixa nas faixas do Minha Casa, Minha Vida, mas também não consegue pagar as taxas altas dos bancos privados.
De acordo com o ministro das Cidades, Jader Filho, a Caixa Econômica Federal deve abrir cerca de 80 mil novos financiamentos até 2026 dentro dessas regras.
Quais são as principais condições?
- Valor máximo do imóvel: R$ 2,25 milhões
- Financiamento: até 80% do valor do imóvel (na Caixa)
- Taxa de juros: até 12% ao ano (incluindo tarifas e comissões)
- Uso do FGTS: permitido para dar entrada, amortizar ou quitar parte da dívida
Essas condições valem para financiamentos feitos dentro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que utiliza recursos da poupança.
“Como o recurso da poupança é mais barato, acreditamos que as taxas fiquem próximas desse teto, tornando o financiamento mais atrativo”, avalia Anderson Morais, diretor comercial da BRZ Empreendimentos.
Quando começa a valer?
O novo modelo entra em vigor totalmente em janeiro de 2027, mas terá uma fase de transição que começa ainda em 2025.
Hoje, 65% do dinheiro da poupança precisa ir para o crédito imobiliário e 20% fica retido no Banco Central. Com a mudança, parte desses recursos retidos será liberada aos poucos, o que já deve aumentar a oferta de crédito antes de 2027.
Continua depois da publicidade
Quanto dinheiro vai circular com o novo sistema?
Segundo o Banco Central, o novo formato deve gerar R$ 111 bilhões em crédito habitacional no primeiro ano, o que representa R$ 52,4 bilhões a mais que o modelo atual.
Desse total, R$ 36,9 bilhões devem ser liberados imediatamente.
A expectativa é que isso estimule a construção civil, gere empregos e aumente a compra de imóveis, principalmente de médio padrão.
Em resumo: o que muda para quem quer comprar um imóvel?
- O limite de financiamento sobe para R$ 2,25 milhões
- A Caixa volta a financiar até 80% do valor do imóvel
- Os juros ficam limitados a 12% ao ano
- Dá para usar o FGTS na entrada ou nas parcelas
- O novo modelo começa a valer gradualmente a partir de 2025
Compare antes e depois da medida:
Continua depois da publicidade
| Antes da medida | Agora | |
|---|---|---|
| Teto de financiamento | até R$ 1,5 milhão no SFH | até R$ 2,25 milhões |
| Entrada mínima | 30% (com a Caixa financiando até 70%) | 20% (Caixa volta a financiar 80%) |
| Juros | entre 11% e 13,5% ao ano + TR | Teto de 12% ao ano |