Novo crédito imobiliário 2025: condições, quem pode pedir e quanto vai custar

Com juros limitados e teto maior, novo modelo do governo promete facilitar o acesso da classe média à casa própria e liberar R$ 111 bilhões em crédito até 2027

Equipe InfoMoney

O sonho da casa própria ainda é desejo de muitos investidores do mercado imobiliário (Imagem gerada com auxílio IA/Leonardo Albertino)
O sonho da casa própria ainda é desejo de muitos investidores do mercado imobiliário (Imagem gerada com auxílio IA/Leonardo Albertino)

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O governo lançou um novo modelo de crédito imobiliário que promete facilitar a compra da casa própria, especialmente para famílias da classe média que hoje não conseguem se enquadrar no Minha Casa, Minha Vida nem pagar os juros do mercado.

O plano, aprovado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), aumenta o limite do valor dos imóveis financiados de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões, limita os juros a 12% ao ano e deve liberar R$ 111 bilhões em novos financiamentos a partir de 2027.

Veja a seguir as respostas às principais dúvidas que podem surgir a respeito do novo modelo.

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Por que o governo fez essa mudança?

Nos últimos anos, os saques da poupança cresceram e os bancos passaram a ter menos dinheiro para oferecer crédito imobiliário.
Com isso, muita gente ficou sem opção para financiar um imóvel, mesmo com boa renda.

O novo modelo resolve parte desse problema: os bancos poderão usar parte do dinheiro que antes ficava parado no Banco Central (o chamado depósito compulsório) para oferecer mais financiamentos habitacionais.

Segundo o Banco Central, isso vai colocar mais dinheiro em circulação e ajudar a aumentar a oferta de crédito com juros mais baixos.

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Quem poderá se beneficiar?

A nova linha de crédito é voltada a famílias com renda entre R$ 12 mil e R$ 20 mil por mês, um público que não se encaixa nas faixas do Minha Casa, Minha Vida, mas também não consegue pagar as taxas altas dos bancos privados.

De acordo com o ministro das Cidades, Jader Filho, a Caixa Econômica Federal deve abrir cerca de 80 mil novos financiamentos até 2026 dentro dessas regras.

Quais são as principais condições?

Essas condições valem para financiamentos feitos dentro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que utiliza recursos da poupança.

“Como o recurso da poupança é mais barato, acreditamos que as taxas fiquem próximas desse teto, tornando o financiamento mais atrativo”, avalia Anderson Morais, diretor comercial da BRZ Empreendimentos.

Quando começa a valer?

O novo modelo entra em vigor totalmente em janeiro de 2027, mas terá uma fase de transição que começa ainda em 2025.

Hoje, 65% do dinheiro da poupança precisa ir para o crédito imobiliário e 20% fica retido no Banco Central. Com a mudança, parte desses recursos retidos será liberada aos poucos, o que já deve aumentar a oferta de crédito antes de 2027.

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Quanto dinheiro vai circular com o novo sistema?

Segundo o Banco Central, o novo formato deve gerar R$ 111 bilhões em crédito habitacional no primeiro ano, o que representa R$ 52,4 bilhões a mais que o modelo atual.
Desse total, R$ 36,9 bilhões devem ser liberados imediatamente.

A expectativa é que isso estimule a construção civil, gere empregos e aumente a compra de imóveis, principalmente de médio padrão.

Em resumo: o que muda para quem quer comprar um imóvel?

Compare antes e depois da medida:

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Antes da medidaAgora
Teto de financiamentoaté R$ 1,5 milhão no SFHaté R$ 2,25 milhões
Entrada mínima30% (com a Caixa financiando até 70%)20% (Caixa volta a financiar 80%)
Juros entre 11% e 13,5% ao ano + TRTeto de 12% ao ano