“Não podemos continuar crescendo, pois o planeta é finito”, diz diretor do WWI

Para ele, é preciso novo modelo de produção e consumo sustentável, que não desperdice comida. Veja exemplos de ações pelo mundo!

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SÃO PAULO – A população mundial atingiu seu primeiro bilhão em 1804. Passados apenas 130 anos, isto é, em 1930, esse número já tinha saltado para 2 bilhões de pessoas. O crescimento continuou muito acelerado e, hoje, somos quase 7 bilhões de habitantes no planeta e caminhamos a passos largos para chegar a 9 bilhões em 2050.

“Não podemos mais continuar crescendo em um planeta finito sem a readaptação dos diferentes setores, sem um novo modelo de produção e consumo que seja sustentável”, avalia o presidente do WWI-Brasil (Worldwatch Institute no Brasil), Eduardo Athayde.

Ele lembra, conforme publicado no Instituto Akatu, que uma pessoa em cada sete no mundo todo acorda pela manhã sem saber o que vai comer ou se realmente terá algum alimento para ingerir. “Enquanto isso, especialistas discutem como produzir mais e não como consumir o que já é produzido de forma sustentável e igualitária”, alerta.

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Afinal, como demonstra o relatório “Estado no Mundo 2011 – Inovações que Nutrem o Planeta”, entre 25% e 50% da colheita dos países mais pobres estraga ou é contaminada por pragas e fungos antes de chegar à mesa dos consumidores.

Exemplos de ações de combate à fome
“Diante dessa realidade, como garantir segurança alimentar, considerando ainda os 78 milhões de novos consumidores acrescidos anualmente à população humana?”, questiona Athayde. A resposta não é simples nem única, mas ele lembra algumas ações protagonizadas na África:

O que fazer?
Para o presidente do WWI-Brasil, o mundo precisa crescer readaptando os diversos setores de produção. “Isso significa decrescer os níveis de produção e consumo, gerando o crescimento de lucros por meio da inteligência, da eficácia da ciência e da capacidade de pessoas com fome no mundo”, destaca.

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Para o relatório divulgado em outubro, uma das maneiras de reduzir em 150 milhões o número de pessoas com fome é oferecer às mulheres o mesmo acesso que os homens aos recursos agrícolas. “Isso poderia aumentar a produção nos países em desenvolvimento em 20% a 30%”, contabiliza o documento.