Dia do Consumo Consciente: tem como ser sustentável sem deixar de comprar?

Instituto Akatu diz que sim, e ensina que ter consciência é consumir de forma diferente. Veja dicas para comemorar a data!

Publicidade

SÃO PAULO – No próximo sábado (15), é comemorado o Dia do Consumo Consciente, uma data que foi instituida pelo Governo Federal há dois anos. Conforme explica o MMA (Ministério do Meio Ambiente), consumo consciente diferencia-se de consumo sustentável: no primeiro caso, o consumidor faz escolhas individuais e imediatas, relacionadas à sua capacidade de optar em cada compra. Já o outro implica em uma mudança de comportamento que resulta na melhoria do planeta e da qualidade de vida da sociedade.

“Não é para parar de consumir, mas consumir diferente, de uma maneira em que os bens, marcas e serviços deixem de ser um fim em nossas vidas e ocupem seu verdadeiro lugar: meios para vivermos mais e melhor de maneira sustentável e solidária”, afirma a gerente do programa de educação do Instituto Akatu, Camila Melo.

Já ouviu falar dos 8 Rs?
Pensando exatamente na necessidade de mudar a forma de consumir, mas sem deixar de comprar, a entidade orienta que os brasileiros pratiquem os 8 Rs do consumo consciente:

Exclusivo para novos clientes

CDB 230% do CDI

Destrave o seu acesso ao investimento que rende mais que o dobro da poupança e ganhe um presente exclusivo do InfoMoney

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Consumo diferente
De acordo com o diretor-presidente do Instituto Akatu, Helio Mattar, “consumir de forma consciente significa horas de lazer e menos trânsito, significa economia de água, energia e recursos naturais, significa prestar atenção no que compramos e lembrar que cada produto tem uma história, e não surge na prateleira”.

Nesse sentido, ele explica que fornecedores e empresas também são tão responsáveis quanto os consumidores. “O consumidor consciente tem de cobrar por uma cadeia produtiva limpa, com produtos éticos e saudáveis, sem propaganda enganosa, sem poluição de água, sem desperdício de recursos naturais e energia, sem qualquer exploração do trabalho, sem pagamento de propina, seja pública ou privada”, alerta.

Vários atores e responsabilidade compartilhada
Assim, ao avaliar a cadeia envolvida no processo de consumo, é possível detectar os mais diversos atores que têm capacidade de torná-la mais ou menos sustentável. Os consumidores, como demonstrado, podem optar por escolher melhor seus produtos, além de diminuir o consumo de água e energia.

Continua depois da publicidade

Mas não para por aí: o varejo também pode oferecer produtos mais sustentáveis e promover a gestão de resíduos, além de estimular o consumidor a praticar o consumo sustentável.

Os fornecedores, por sua vez, podem adotar medidas de redução de água, energia e insumos desde a fabricação de mercadorias até a distribuição, bem como comprar matérias-primas a partir de um critério sustentável. Na hora de desenvolver os produtos, também podem escolher um modo de criação sustentável desde o princípio, com a redução de embalagens e elaboração de produtos mais concentrados, por exemplo.

Já o Governo pode realizar compras públicas de produtos que tenham critérios de sustentabilidade, uma vez que é classificado como o maior consumidor individual de cada País.

“Quando são colocados critérios ambientais nestas compras, ocorre o estímulo para a reestruturação do mercado e atitudes assim têm o poder de influenciar e motivar todos os envolvidos na cadeia de consumo a realizar escolhas melhores”, conclui a gerente de produção e consumo sustentável do MMA, Fernanda Daltro.

Dicas para comemorar
De olho na data comemorativa, o Ministério do Meio ambiente lançou a campanha para recolhimento de eletroeletrônicos em estações de metrô de Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

“Esperamos sensibilizar o consumidor a não realizar o descarte de eletroeletrônicos no lixo comum, pois tal prática tem alto impacto ambiental, uma vez que os produtos possuem componentes químicos e tóxicos”, explica Fernanda. “Além disso, o descarte inadequado gera desperdício de materiais que podem ser reaproveitados, como plástico, vidro e metais”.

A outra campanha do Governo, “Vamos tirar o planeta do sufoco”, pretende reduzir o uso de plásticos, estimulando o uso de sacolas reutilizáveis, embalagens de papelão, carrinhos de feira e outras embalagens reaproveitáveis.

Já o Instituto Akatu convida toda a população para “invadir” praças e parques e fazer piquenique no próximo domingo (16). A ideia é incentivar a prática do bem-estar, ao mesmo tempo em que desperta as pessoas para ações de consumo consciente, desde o planejamento do piquenique para ele ser sustentável até o descarte dos resíduos.