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Falar sobre dinheiro é um tema delicado para muitos. Isso porque envolve emoções profundas e muitas vezes provoca vergonha e silêncio. E quando se trata de dívidas, a questão pode ser um grande tabu. Esse problema atinge tanto homens quanto mulheres e pode gerar consequências sérias não apenas para a saúde emocional dos indíviduos, mas também para os vínculos amorosos e familiares.
Thiago Godoy, mais conhecido como Papai Financeiro, afirma que o silêncio em torno do dinheiro impede que as famílias enfrentem juntos seus desafios financeiros, aumentando o risco de conflitos, desentendimentos e até mesmo a dissolução de relacionamentos.
“A questão do dinheiro é um tabu. E isso não acontece só no Brasil. É uma dificuldade global. Falar de dinheiro é sempre desconfortável. Se a gente não tratar o tema com o indivíduo para que ele tenha uma abertura para conversar sobre isso com a família, nada se resolve. Não adianta”, diz Thiago no segundo episódio da nova temporada do videocast Zona Segura, da MAG Seguros. Thiago é educador financeiro com mais de 11 anos de experiência e autor do best-seller Emoções Financeiras.
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“É aquela conversa que não aconteceu, aquele gasto não discutido, quando um parceiro critica o outro por isso. Problemas pequenos vão minando a relação até explodir.”
Com uma trajetória marcada pela dedicação em transformar a relação das famílias com o dinheiro de maneira leve e efetiva, ele afirma que o diálogo financeiro deve ser constante, realista e feito em família, pois só assim é possível construir um futuro sustentável em longo prazo.
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Diálogo aberto na crise e na prosperidade
Thiago também chama atenção para outro lado da moeda: algumas pessoas escondem ganhos extras ou dinheiro próprio, agravando ainda mais a desconfiança e o desequilíbrio no relacionamento.
Para ele, abrir espaço para o diálogo sincero sobre finanças, desde o início dos vínculos familiares, é fundamental para cultivar a transparência, o alinhamento de valores e a saúde financeira coletiva.
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Segundo o Papai Financeiro, se expostas de forma aberta e honesta, as dificuldades podem ser resolvidas em conjunto, fortalecendo laços e prevenindo desgastes emocionais.
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O educador financeiro explica ainda que é consenso a necessidade de casais e famílias conversarem sobre dinheiro, já que a falta desse diálogo pode agravar problemas e gerar desconfortos sérios.
“A maior causa de divórcios é por problemas financeiros, não porque faltava amor ou porque houve traição, mas porque não havia alinhamento financeiro”
O diálogo financeiro não pode esperar
Mas qual seria o melhor momento para conversar sobre isso? No passeio? Jamais, diz Thiago. No jantar romântico? Com certeza não. Para ele, o ideal é encontrar um momento mais apropriado. De preferência, cedo.
“Nunca achamos o momento certo para falar, mas o importante é ter um diálogo contínuo, leve desde o início, mas também real. O que sei é que quanto mais cedo, melhor”, diz.