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Não caia “numa fria”: o que não pode faltar no seguro-viagem para fazer esqui ou snowboard? 

Seguradoras têm cobertura exclusiva para esportes, que garantem atendimento médico em caso de acidentes

Gilmara Santos

Esporte de inverno - Crédito: Pexels

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As altas temperaturas no verão brasileiro podem ser ótimas para quem curte uma praia, mas algumas pessoas têm buscado o oposto: em vez do sol, o frio da neve. Neste cenário, os esportes de inverno, como esqui e snowboard, estão caindo no gosto do turista brasileiro lá fora. Mas especialistas alertam: é importante contratar um seguro específico que cubra possíveis acidentes e lesões que podem decorrer da atividade.

De acordo com um levantamento realizado pela publicação Emergency Live, especializada em resgate e emergência, mais de 30 mil acidentes são registrados por ano na estação de esqui de Bolzano (Itália).

E qualquer incidente pequeno pode se tornar uma dor de cabeça: em geral esportes de inverno envolvem alto grau de dificuldade para remoção de acidenatos. “Uma simples queda pode resultar em despesas médicas significativas, prejudicando as férias e as finanças”, alerta Tiago Godinho, gerente de seguros de vida individual e de viagem da Omint.

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Nos Estados Unidos, procedimentos que envolvam exames, internação e medicamentos podem atingir até US$ 30 mil, diz. Em casos mais complexos que requerem cirurgias, as despesas podem superar a marca de US$ 100 mil. Na América do Sul, embora os custos sejam relativamente menores, os serviços médico-hospitalares de emergência e alta complexidade ainda podem variar entre US$ 5 e US$ 30 mil.

De olho nesse público, algumas seguradoras possuem cobertura exclusiva para esportes amadores ou profissionais, permitindo atendimento médico de emergência ou urgência para essas modalidades. A estimativa é que as despesas com atendimentos médicos de emergência no exterior podem ter custos até 500 vezes o valor da apólice. Entre os benefícios, estão:

O que deve ter na apólice

Paulo Kalassa, sócio da 3Seg Corretora, reforça que é fundamental que o viajante tenha certeza que o seguro viagem contratado cobre esportes de inverno ou esportes radicais. Ele lembra ainda que algumas seguradoras cobram a mais pela prática dessas atividades. “É importante o cliente falar que irá praticar esportes durante a viagem”, finaliza.

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Para Marcello Brandão, sócio da Kuantta Consultoria e corretor especializado em seguro viagem, o primeiro ponto a verificar na contratação do seguro é se o plano da seguradora ou do cartão de seguro viagem garantem a cobertura de despesas médicas hospitalares decorrentes de práticas esportivas. Ele afirma que a maioria das seguradoras que trabalha com seguro viagem garante essa cobertura em algum dos seus planos . Os cartões de seguro viagem, em sua maioria, também garantem esse risco por prática esportiva amadora.

“Na cobertura de despesas médicas hospitalares deverá constar a cobertura por práticas esportivas e vale sempre pensar em valores segurados a partir de US$ 50 mil para despesas médicas hospitalares devido ao alto custo nos procedimentos médicos no exterior . O tempo de viagem também deverá ser levado em conta para contratação do melhor plano”, diz Brandão. “Em algumas situações, a cobertura para prática esportiva é adicional e isso vai refletir no preço final para contratação do seguro”, alerta.

Adriano Oliveira, CEO do Grupo É Seguro, vai além e diz que nas coberturas do seguro para esportes de inverno é fundamental certifica-se de que o limite da cobertura é suficiente, e incluir também repatriação sanitária, translado do corpo em caso de falecimento, assistência 24hrs em português e cobertura para danos ao equipamento esportivo. “É importante verificar se oferece resgate em montanha e se atende aos requisitos do local onde pretende praticar os esportes”, orienta Oliveira.

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Além disso, é importante checar se a prática realmente se enquadra como amadora. “Consideramos amador o segurado que praticará o esporte poucas vezes durante a viagem, seja por lazer ou apenas curiosidade. Agora, se a viagem tem o intuito apenas da prática do esporte e o viajante estará em pista regulamentada ou participando de alguma competição, e leva seu material de esporte, será necessário contratar o adicional de prática profissional”, comenta Oliveira.

Gilmara Santos

Jornalista especializada em economia e negócios. Foi editora de legislação da Gazeta Mercantil e de Economia do Diário do Grande ABC.