LinkedIn vai encerrar operações na China; novo site de empregos será lançado no país

Rede social diz que vem "enfrentando um ambiente operacional mais desafiador"; nova plataforma vai se chamar inJobs e não incluirá um feed social

Anderson Figo

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SÃO PAULO — O LinkedIn anunciou nesta quinta-feira (14) que encerrará suas operações na China. O app era a última grande rede social com sede nos Estados Unidos que ainda mantinha atuação no país asiático — a plataforma começou seus trabalhos por lá em fevereiro de 2014.

Em nota publicada em seu blog oficial, o LinkedIn explicou que suas operações na China sempre foram limitadas para cumprir as leis de internet mais rígidas do país. A rede social pertence à Microsoft, que comprou a plataforma em junho de 2016 por US$ 26,2 bilhões.

“Embora apoiemos fortemente a liberdade de expressão, adotamos essa abordagem para criar valor para nossos membros na China e em todo o mundo. Também estabelecemos um conjunto claro de diretrizes a serem seguidas, caso precisássemos reavaliar nossa versão local do LinkedIn na China”, disse.

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“Essa estratégia nos permitiu navegar a operação de nossa versão local do LinkedIn na China nos últimos sete anos para ajudar nossos membros no país a encontrar um emprego, compartilhar e manter-se informados. Embora tenhamos obtido sucesso em ajudar os membros chineses a encontrar empregos e oportunidades econômicas, não encontramos o mesmo nível de sucesso nos aspectos mais sociais de compartilhar e manter-se informado”, completou.

A rede social afirmou ainda que vem “enfrentando um ambiente operacional significativamente mais desafiador e maiores requisitos de conformidade na China”. Diante disso, tomou a decisão de descontinuar a versão local do LinkedIn ainda neste ano.

No lugar do LinkedIn, a Microsoft vai lançar até o fim de 2021 um site de busca de empregos na China que não possui os recursos sociais do LinkedIn. A nova plataforma vai se chamar inJobs e não incluirá um feed social nem permitirá que os usuários compartilhem postagens ou artigos.

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“Também continuaremos a trabalhar com empresas chinesas para ajudá-las a criar oportunidades econômicas. Essa decisão se alinha ao nosso compromisso de criar oportunidades econômicas para todos os membros da força de trabalho global”, afirmou o texto da rede social.

“Embora essa tenha sido nossa visão por quase duas décadas, agora ela parece mais importante do que nunca, pois todos nós nos esforçamos para construir uma economia global que proporcione mais prosperidade e progresso para as pessoas em todo o mundo”, concluiu a nota do LinkedIn.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.