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O mercado imobiliário paulista registrou em setembro uma das maiores altas do ano, consolidando o movimento de retomada nas vendas e locações de imóveis residenciais usados. De acordo com levantamento do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CreciSP), as vendas subiram 28,3% em relação a agosto, enquanto as locações avançaram 13,24%, revelando um cenário de confiança renovada entre consumidores e investidores.
O estudo, que ouviu 1.907 imobiliárias em todo o Estado, mostra que o crédito habitacional segue como principal motor do setor, apesar dos juros altos. Os financiamentos bancários responderam por 66,3% das transações, sendo 52,7% pela Caixa Econômica Federal e 13,6% por outros bancos.
As vendas à vista representaram 20,3%, seguidas pelos parcelamentos diretos com o proprietário (12,2%) e pelos consórcios (1,3%).
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Segundo o presidente do CreciSP, o desempenho reflete “um momento de retomada consistente, especialmente no segmento de imóveis usados”. Ele destaca que a combinação de estabilidade econômica, crédito acessível e maior segurança jurídica tem estimulado o fechamento de novos negócios.
Maior demanda
O levantamento revela que 59% dos imóveis vendidos foram apartamentos e 41% casas, com predominância de unidades de dois dormitórios, faixa mais procurada tanto para compra quanto para locação.
Entre os compradores, a faixa de preço entre R$ 200 mil e R$ 300 mil concentrou o maior volume de negociações, o que reforça o apelo do segmento de médio padrão.
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As casas vendidas tinham entre 50 m² e 100 m² de área útil, enquanto os apartamentos mais procurados não ultrapassavam 50 m².
Quase metade dos imóveis comercializados (48,9%) estava localizada nas regiões periféricas das cidades analisadas, o que, segundo o CreciSP, demonstra uma busca crescente por moradias com melhor relação custo-benefício e infraestrutura urbana consolidada.
Seguro-fiança
No mercado de locação, a expansão também foi expressiva. A maioria dos contratos fechados em setembro envolveu imóveis com aluguel entre R$ 1.000 e R$ 1.500, faixa que representa 27,3% das novas locações. Assim como nas vendas, as regiões periféricas concentraram 62,2% dos imóveis alugados.
O seguro-fiança se consolidou como a principal garantia locatícia, presente em 38,2% dos contratos, à frente do fiador tradicional (30,8%) e do depósito caução (25,2%). O dado reflete uma mudança no perfil do inquilino, que busca maior agilidade e segurança no processo de locação, e um maior profissionalismo das imobiliárias na gestão dos contratos.
Entre os cancelamentos de contratos registrados em setembro, 31,6% dos inquilinos migraram para imóveis mais baratos, 17,7% para imóveis mais caros, enquanto 50,7% não justificaram a mudança.
Retomada gradual
Para o CreciSP, o desempenho de setembro confirma a recuperação gradual do setor imobiliário paulista, sustentada pelo crédito habitacional e pela demanda reprimida acumulada nos últimos anos. O presidente da entidade ressalta que a confiança do consumidor voltou a crescer, impulsionada pela pela oferta de imóveis dentro do orçamento familiar.
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A consolidação do mercado de usados, segundo ele, “mostra um setor mais maduro, atento às demandas sociais e cada vez mais relevante para a economia do Estado”. Com o ritmo atual, o mercado paulista deve encerrar o ano em alta, com projeções positivas tanto para vendas quanto para locações no último trimestre de 2025.