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SÃO PAULO – Quase 100% dos brasileiros que vivem no Japão possuem a situação regularizada. Além disso, a maioria deles é descendente ou cônjuge de japoneses.
Segundo veiculou a Agência Brasil, o país asiático possui a terceira maior comunidade brasileira, ficando atrás somente dos Estados Unidos e Paraguai. Ao contrário do que ocorre no Japão, a maior parte dos brasileiros que vivem em outros países está em situação ilegal.
Exigência japonesa
Para a professora da Unicamp (Universidade de Campinas), Elisa Massae Sasaki, essa relativa homogeneidade entre os migrantes acontece devido ao fato de que o Japão exige que essas pessoas comprovem ascendência ou casamento com um descendente de japonês para conceder o visto permanente.
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“O Japão se considera uma sociedade homogênea etnicamente, uma língua, uma nação, mas esse discurso é desafiado pela entrada de novos e cada vez mais variados estrangeiros”, considera.
Desde o início da imigração dos brasileiros, na década de 1980, os chamados dekasseguis ocupam vagas de trabalho na indústria manufatureira. “Os japoneses se recusam a trabalhar nesse setor, considerado atividade de baixa qualificação e de pouca possibilidade de ascensão profissional”, explica Sasaki.
Tempo de permanência
Se no início os brasileiros iam para o país asiático para ficar temporariamente, agora a presença deles já se tornou mais permanente. De acordo com a professora, 25% da comunidade, ou cerca de 78 mil imigrantes, possuem visto permanente.
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Apesar de praticamente não existirem políticas de integração do imigrante, os brasileiros desenvolveram formas de se adaptar melhor a cultura japonesa; uma delas é a imprensa étnica. Segundo Sasaki, existem cerca de 50 publicações voltadas para os imigrantes do Brasil.