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Lula diz que é absurdo cobrar IR da PLR dos trabalhadores e não taxar dividendos

Declaração foi feita em reunião fechada com centrais sindicais em Brasília, segundo o jornal Folha de S.Paulo; ministro do Trabalho defendeu isenção da PLR

Equipe InfoMoney

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que é absurdo cobrar Imposto de Renda (IR) sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) dos trabalhadores, mas não taxar os lucros e dividendos das empresas.

A declaração foi feita em reunião fechada com centrais sindicais em Brasília, na quinta-feira (27), segundo o jornal Folha de S.Paulo. Os sindicalistas cobram do governo a isenção do imposto para os trabalhadores.

Ainda segundo o jornal, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), defendeu publicamente a isenção sobre a PLR. “Se não tem cobrança nos lucros das empresas, porque a participação [nos lucros e resultados] tem imposto?”.

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Lula pediu ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que dê atenção especial à proposta. A Folha diz que a reivindicação dos sindicalistas é encabeçada por Antonio Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e do diretório municipal do PDT em São Paulo.

“Tem empresas com lucros e resultados muito positivos que, além de não pagar imposto, muitas vezes se negam a pagar a PLR para os trabalhadores. Ou, quando paga, paga só para gerentes e gestores”, afirmou Neto ao jornal. “É uma injustiça o trabalhador pagar imposto na PLR e as empresas, não”.

Outras medidas

O governo também tem criticado os Juros sobre Capital Próprio (JCP) distribuídos pelas empresas. Haddad afirmou nesta semana que “são bilhões drenados dos cofres públicos para beneficiar meia dúzia de empresas que fazem engenharia tributária em cima de um dispositivo legal que está sendo abusado”. “Mandei estudar, porque é uma área que está tendo muito abuso”.

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Apesar do esforço para aumentar a arrecadação do governo federal, os ministros de Lula têm reafirmado uma série promessas na véspera do Dia do Trabalhador, comemorado na segunda-feira (1º de maio). Entre as medidas estão ampliar o salário mínimo de R$ 1.302 para R$ 1.320 e a isenção do IR para quem ganha até 2 salários mínimos.