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SÃO PAULO – A Fundação Procon-SP divulgou, nesta segunda-feira, dia 17 de maio, os resultados de uma pesquisa que realizou em dez instituições financeiras, com o objetivo de comparar as taxas de juros de empréstimos pessoais e de cheque especial praticadas nestas instituições.
Assim, pesquisou as taxas praticadas nos bancos mais representativos do estado, que são: HSBC, Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander, Nossa Caixa, Real e Unibanco. Desse modo, foi possível constatar uma queda pouco expressiva das taxas médias de juros do empréstimo pessoal e do cheque especial.
Taxas médias de empréstimo pessoal caíram
Das dez instituições pesquisadas, quatro reduziram suas taxas de empréstimo pessoal, duas aumentaram e quatro mantiveram os valores. Na média, houve um decréscimo de 0,01 pontos percentuais em relação ao mês de abril. Desse modo, a taxa média ficou em 5,30% a.m.
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Os bancos Bradesco, BB, Itaú e Unibanco foram os que reduziram suas taxas de empréstimo pessoal. Já o Real e o HSBC elevaram as taxas que antes eram praticadas pelas instituições. Os demais bancos mantiveram os valores.
Vale destacar que as alterações direcionaram as taxas para valores mais próximos; aquelas taxas que estavam acima da média foram reduzidas e as que estavam abaixo se elevaram, como um modo de ajuste. Por exemplo, a taxa do HSBC, apesar do aumento de 4,36% a.m. para 4,40% a.m., continuou abaixo da média de 5,30% a.m.
Vale ainda lembrar que há uma grande disparidade entre as taxas cobradas pelos bancos. Por exemplo, a taxa de empréstimos pessoais da Nossa Caixa, a menor da pesquisa, está em 4,10% a.m., enquanto a maior taxa, praticada pelo Banco Real, atinge o patamar de 5,75% a.m..
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Taxas de cheque especial com maior redução
Com relação às taxas do cheque especial, houve uma queda maior, se comparada a das taxas de empréstimo pessoal. Nesse sentido, das dez instituições pesquisadas, cinco reduziram e cinco mantiveram suas taxas, não havendo nenhum caso de elevação.
Assim, a taxa média de cheque especial reduziu 0,02 pontos percentuais em relação a abril. Quando comparamos os bancos, percebemos que também há uma disparidade com relação a essa taxa. Nesse sentido, o Banco Real, que pratica a maior taxa de empréstimos pessoais, também pratica a maior taxa de cheque especial, de 8,25% a.m. (junto com o Itaú). Já o Banco do Brasil é responsável pela menor taxa na categoria: 7,33% a.m.
Queda das taxas ainda é lenta
Apesar das taxas terem, em média, registrado queda, essa diminuição ainda é pouco significativa. Os bancos podem reduzir mais seu spread (diferença entre o que os bancos cobram do consumidor e o que pagam para captar recursos no mercado), para beneficiar o mercado.
Vale lembrar que o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu cortar em 25 pontos base os juros básicos da economia no mês de abril. Assim, a taxa Selic passou de 16,25% ao ano para 16,0% ao ano. O setor produtivo continua esperando cortes mais vigorosos nos juros.