Juro médio no rotativo do cartão de crédito cai de 454,0% para 437,3%, aponta Banco Central

Rotativo do cartão é uma modalidade de crédito emergencial, muito acessada em momentos de dificuldades

Estadão Conteúdo

Publicidade

Na mira do governo federal, o juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito caiu 16,7 pontos porcentuais de maio para junho, informou nesta quinta-feira (27) o Banco Central. A taxa passou de 454,0% para 437,3% ao ano.

O rotativo do cartão, juntamente com o cheque especial, é uma modalidade de crédito emergencial, muito acessada em momentos de dificuldades. Com as taxas de juros elevadas, o Ministério da Fazenda criou um grupo de trabalho com os bancos e o Banco Central para buscar soluções para o assunto.

Segundo o secretário de Reformas Econômicas da Fazenda, Marcos Pinto, o governo não pensa em tabelar os juros nem tabelar o parcelado sem juros, considerado por alguns agentes da cadeia um dos responsáveis pelos juros altos no rotativo. No BC, as ações iniciais apontam para melhorar a portabilidade e a transparência.

Em abril de 2017, começou a valer a regra que obriga os bancos a transferir, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos. A intenção do governo com a nova regra era permitir que a taxa de juros para o rotativo do cartão de crédito recuasse, já que o risco de inadimplência, em tese, cai com a migração para o parcelado.

No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro passou de 194,2% para 196,1% ao ano. Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 106,0% para 104,2%.