Ipea: desigualdade de renda do trabalho estabiliza no 2º tri; tendência é incerta

Estudo mostra que índice renda domiciliar do trabalho foi de 0,530 no 2º trimestre de 2021, mesmo indicador do segundo trimestre de 2020

Estadão Conteúdo

Dinheiro na carteira (Brenda Beth/Getty Images)

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O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) identificou que a desigualdade da renda do trabalho do País mostrou estabilidade no segundo trimestre deste ano, frente ao mesmo período do ano passado, após muita instabilidade durante a pandemia. A tendência do indicador agora é incerta.

“Parece que as oscilações por causa da pandemia passaram. Temos que aguardar e ver se vamos retornar para a tendência ascendente de 2016 até 2019 ou se vai iniciar uma queda”, afirma Sandro Sacchet de Carvalho, pesquisador do Ipea.

“Se a recuperação da economia e do mercado de trabalho acelerar, tem mais chances da desigualdade cair um pouco.”

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Estudo do Ipea divulgado nesta sexta-feira com base nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, mostra que o índice de Gini da renda domiciliar do trabalho foi de 0,530 no segundo trimestre de 2021, mesmo indicador do segundo trimestre de 2020 – o indicador vai de zero a um, sendo zero distribuição perfeita.

Conforme cálculos do Ipea, o índice de Gini da renda domiciliar do trabalho estava em 0,531 no primeiro trimestre do ano passado, antes da pandemia.

O índice saltou para 0,540 no terceiro trimestre daquele ano, um nível recorde na série histórica disponível, com início no primeiro trimestre de 2012. Desde então, com oscilações, voltou a recuar.

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Sacchet ressalta que os indicadores não consideram fontes de renda que não sejam do trabalho, como o auxílio emergencial pago pelo governo federal. Esse auxílio serviu de colchão para amortecer a perda de renda e chegou, conforme outras pesquisas, a reduzir drasticamente indicadores de pobreza e desigualdade no país.

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