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O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) identificou que a desigualdade da renda do trabalho do País mostrou estabilidade no segundo trimestre deste ano, frente ao mesmo período do ano passado, após muita instabilidade durante a pandemia. A tendência do indicador agora é incerta.
“Parece que as oscilações por causa da pandemia passaram. Temos que aguardar e ver se vamos retornar para a tendência ascendente de 2016 até 2019 ou se vai iniciar uma queda”, afirma Sandro Sacchet de Carvalho, pesquisador do Ipea.
“Se a recuperação da economia e do mercado de trabalho acelerar, tem mais chances da desigualdade cair um pouco.”
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Estudo do Ipea divulgado nesta sexta-feira com base nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, mostra que o índice de Gini da renda domiciliar do trabalho foi de 0,530 no segundo trimestre de 2021, mesmo indicador do segundo trimestre de 2020 – o indicador vai de zero a um, sendo zero distribuição perfeita.
Conforme cálculos do Ipea, o índice de Gini da renda domiciliar do trabalho estava em 0,531 no primeiro trimestre do ano passado, antes da pandemia.
O índice saltou para 0,540 no terceiro trimestre daquele ano, um nível recorde na série histórica disponível, com início no primeiro trimestre de 2012. Desde então, com oscilações, voltou a recuar.
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Sacchet ressalta que os indicadores não consideram fontes de renda que não sejam do trabalho, como o auxílio emergencial pago pelo governo federal. Esse auxílio serviu de colchão para amortecer a perda de renda e chegou, conforme outras pesquisas, a reduzir drasticamente indicadores de pobreza e desigualdade no país.
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