Mensagens de Moro: Telegram nega que sistema foi hackeado

Diálogos entre Moro e procuradores feitos por meio do app foram divulgados no último domingo pelo site The Intercept Brasil 

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – O aplicativo de mensagens Telegram afirmou que não existem evidências de que seu sistema tenha sido hackeado no contexto das trocas de mensagens entre o ex-juiz federal e ministro Sérgio Moro e integrantes da Operação Lava-Jato.   

Diálogos entre Moro e procuradores travados por meio do app foram divulgados no último domingo pelo site The Intercept Brasil. Segundo o site, as conversas foram repassadas por uma fonte.   

No Twitter, o Telegram respondeu a um brasileiro que “não há evidência de nenhuma invasão” e que “é mais provável que tenha sido malware [um vírus] ou alguém que não esteja usando uma senha de verificação em duas etapas”. 

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Nesta terça-feira (11), Moro usou sua conta na rede social para indicar que seu aparelho havia sido hackeado. “Além de juízes e procuradores, jornalistas também tiveram celulares hackeados pelo mesmo grupo criminoso”, disse o ex-juiz federal incluindo uma matéria do jornal O Globo, que afirma que um de seus jornalistas teve o aplicativo em si invadido. 

Moro nega ter dado qualquer orientação a procuradores da Lava-Jato.  

O InfoMoney conversou com Danilo Borsotti, especialista em cibersegurança, que indicou o que poderia ter acontecido com o aparelho de Moro. Segundo ele, o golpe mais comum é conhecido como “SIM Swap”. 

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“Basicamente os hackers se aproveitam da ingenuidade do atendimento da empresa de telefonia e da falta de um duplo fator de autenticação nos apps de troca de mensagens, como por exemplo o WhatsApp e o Telegram, para trocar a identidade do chip no celular”, explica.  

Segundo ele, o hacker liga para a operadora e solicita a transferência do número telefônico para um novo chip, que está sob sua posse, isso permite que o fraudador tenha acesso aos aplicativo de troca de mensagens se passando pela vítima, nesse caso o ministro Moro. 

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Veja:

A empresa usou o Twitter para deixar a situação ainda mais clara: “eu não falei que os aparelhos celulares não foram hackeados”. “Alguém perguntou: o Telegram foi hackeado? Eu disse não, o aplicativo não foi”.

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Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.