Fusão de Itaú e Redecard não afeta parceria com outros bancos, diz Setubal

De acordo com o CEO, o fato de a operadora da rede de cartões já ter o banco como controlador não muda o cenário

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SÃO PAULO – A compra do restante das ações da Redecard (RDCD3) pelo Itaú Unibanco (ITUB4) não deve trazer impactos sobre as parcerias que a empresa tem com outros bancos, que garantem a preferência pela rede de cartões da companhia, segundo Roberto Setubal, presidente-executivo do banco.

O CEO garante que esse aspecto da operação já havia sido avaliado antes da OPA (oferta pública de aquisição) ter sido anunciada, na última terça-feira (7). “O fato da Redecard já ser controlada por nós faz com que não haja muitas mudanças”, diz o executivo. Além disso, ele frisa que não há mais uma dependência dos emissores de bandeiras desde a abertura do mercado.

Setubal ainda revelou que a administração da operadora de rede não foi consultada pelo Itaú enquanto a realização ou não da oferta de aquisição era decidida. De acordo com ele, toda a avaliação e a precificação foram feitas com as informações disponíveis a todo o mercado. “Achamos que o valor oferecido é justo, acima da cotação no dia do anúncio e também da média de preço-alvo das corretoras”, opinou. 

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Flexibilidade foi o foco
Como já havia dito na véspera, Setubal voltou a garantir em teleconferência nesta quarta-feira (8) que a grande razão da oferta foi a flexibilidade que a Redecard pode ganhar. Um dos exemplos seria poder oferecer pacotes mais atrativos de produtos para os lojistas, com maior quantidade de serviços.

No entanto, o Itaú não vê grandes ganhos de sinergia operacional entre as duas empresas. “Tem alguma relevância, mas realmente não foi o grande motivo da transação”, avalia o presidente. Como positivo, ele crava novamente que os gastos de R$ 11,8 bilhões para a OPA não vão afetar o índice de Basileia do banco por conta de seu grande caixa. Em 2011, o indicador foi de 11,9%.