Funcionário do BRB é investigado por desvio milionário em apostas esportivas

Servidor retirava o dinheiro do cofre banco e depositava em sua conta pessoal para jogos

Equipe InfoMoney

(Reprodução/Facebook BRB)

Publicidade

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou nesta terça-feira (20) a operação “Jogo Sujo”, que investiga o desvio de R$ 3,5 milhões para apostas virtuais realizado por um tesoureiro de uma agência do Banco de Brasília (BRB). O banco era patrocinador master do Flamengo até dezembro de 2023, quando perdeu o posto para a Pixbet, casa de apostas esportivas.

Em nota, a PCDF diz que a apuração do caso teve início “após comunicação realizada pelo BRB que constatou algumas irregularidades nos registros contábeis da agência”. A operação visa o cumprimento de mandados de busca e apreensão e bloqueio de valores.

Pelo que se sabe até o momento, segundo a polícia, o servidor público, que tinha acesso ao cofre da agência do banco e conhecimento das operações de caixa, retirava o dinheiro e depositava em sua conta pessoal, falsificando documentos para aparentar que tudo estava em ordem na tesouraria. Os indícios apontam que ele desviava o dinheiro para depois aplicar em jogos de apostas virtuais.

Exclusivo para novos clientes

CDB 230% do CDI

Destrave o seu acesso ao investimento que rende mais que o dobro da poupança e ganhe um presente exclusivo do InfoMoney

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

“As buscas têm como objetivo a consolidação e robustecimento dos elementos de prova para reforçar os indícios já presentes no Inquérito Policial e direcionar a continuidade das investigações, além de observar o possível envolvimento de outras pessoas, incluindo servidores”, explica a PCDF em nota.

Além disso, o servidor envolvido sofreu bloqueio de valores existentes em suas contas correntes e poupanças, investimentos, ativos financeiros e seguros de vida no limite de R$ 3,5 milhões.

O suspeito está sendo investigado pela possível prática dos crimes de Peculato (art. 312 do CPB) e Lavagem de Dinheiro (Lei nº 9.613/1998). Caso seja condenado, as penas podem chegar a 22 anos de prisão.

Continua depois da publicidade

O que diz o BRB

O InfoMoney entrou em contato com o BRB que ressaltou em nota que “ao identificar irregularidades cometidas por um empregado em uma agência fez o registro junto às autoridades competentes e passou a atuar em parceria com os órgãos de investigação.”

O banco explicou que o funcionário envolvido foi afastado de suas funções e está sendo investigado também internamente. “O BRB assegura que nenhum cliente foi lesado e que a ocorrência comprova a eficácia dos meios de controle e fiscalização do banco, bem como sua transparência”.

Por fim, o banco afirma que as ações para investigar e coibir práticas criminosas possuem caráter sigiloso, sendo repassadas às autoridades policiais e de controle, tendo em vista risco de comprometimento de investigações em andamento.