Franquia para classe C: as vantagens e desvantagens de atender esse público

Setor de turismo é bom exemplo da ascensão da classe média e como o mercado precisou se adaptar para receber os novos consumidores

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SÃO PAULO – O posicionamento de marca é algo fundamental para qualquer empresa, mas em se tratando de franquias, escolher o nicho de atuação e o público alvo do negócio pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso da rede.

Quando voltamos o nosso olhar para o setor de turismo e para as agências de viagens, percebemos que nos últimos anos viajar deixou de ser um artigo de luxo para se tornar um sonho acessível para todas as classes. Com o aumento da renda e maior acesso ao crédito, a classe C foi uma das mais beneficiadas por essa movimentação.

Segundo o especialista em turismo e sócio-fundador da Encontre Sua Viagem, Henrique Mol, isso influenciou no interesse dos brasileiros em viajar. “Uma movimentação natural do mercado aconteceu nas agências de viagens e muitas delas passaram a se posicionar para atender esse público. Foi o que aconteceu com a Encontre Sua Viagem. Durante o processo de construção da franquia notamos não apenas o potencial de consumo da classe C, mas também as vantagens em construir e consolidar uma marca voltada para esse público”, explica.

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Atualmente, essa fatia da população ainda é pouco explorada no setor de franquias. Segundo dados da ABF (Associação Brasileira de Franchinsing), a classe C já contabiliza cerca de 90 milhões de pessoas, responsáveis por quase 50% da renda nacional.

A maior vantagem em se posicionar para atender as classes ascendentes é oferecer o que as classes mais altas já consumiam, em pontos comerciais que antes não eram frequentados por eles. A classe C é ávida por comprar e gosta de ser vista consumindo.

A franquia quando busca atingir esse target precisa adaptar sua gestão, a estratégia do negócio e a construção da marca. É por isso que o modelo de franquia aplicado no quiosque geralmente está direcionado para o consumo desse público. “Quando uma franquia decide atender as classes mais baixas não basta ter uma comunicação focada nisso, mas toda a gestão do negócio deve focar nos hábitos de consumo de seu público”, afirma Mol.

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Outra grande vantagem é que mesmo em tempos de crise, a classe C não quer deixar de comprar. Apesar da crise econômica enfrentada no atual cenário brasileiro, caracterizada pela inflação em alta, queda no consumo e dólar em disparada, a compra pelas classes mais baixas no setor de turismo se mantém. “Nota-se apenas a aquisição de viagens mais simples, de curta distância, caracterizadas por hotéis de nível três e quatro estrelas e pouca exigência na escolha dos voos.”

Por outro lado, ao investir nesse modelo de negócio deve-se levar em conta que o ticket médio em vendas é menor. Ou seja, para atingir altos rendimentos é necessário fechar um volume maior de pacotes. Para atingir essa meta, o pagamento e o crédito devem ser extremamente facilitados pela empresa. Sabendo disso, é exatamente o que fazemos.