FecomercioSP: 25% das famílias que moram em SP começaram o ano inadimplentes

Quase 200 mil famílias ficaram sem condições financeiras para pagar suas contas nas respectivas datas de vencimento.

Estadão Conteúdo

Ilustração (Getty Images)

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Um quarto das famílias que moram na cidade de São Paulo estão com dificuldades financeiras. Só em janeiro a inadimplência atingiu 25% das famílias, ficando praticamente estável se comparado com igual mês do ano passado, quando o índice era de 25,5%.

Em números absolutos, quase 200 mil famílias ficaram sem condições financeiras para pagar suas contas nas respectivas datas de vencimento.

Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Os números foram obtidos em primeira mão pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

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Dentre os lares da capital paulista, 10% afirmam não ter condições de arcar com os valores. Este dado representa 405 mil famílias nesta situação – o segundo maior nível da série história, iniciada em 2010. Para o grupo com renda inferior a 10 salários mínimos, o número dos que dizem não ter condições de pagar foi o maior da série, totalizando 13,5%.

A PEIC também aponta que 73,1% das famílias paulistanas iniciaram o ano com algum tipo de dívida. São 2,95 milhões de lares compromissados com alguma modalidade de crédito. A FecomercioSP ressalta, no entanto, que estar endividado não quer dizer que o tomador está com suas obrigações em atraso.

Cartão de crédito é o vilão

A pesquisa mostrou que o cartão de crédito segue no topo da lista dos tipos de dívidas dos consumidores da cidade de São Paulo e é também muito utilizado: 82,7% das famílias usam o cartão de crédito como meio de pagamento e crédito. Em seguida, os carnês, com 16,2%; o financiamento de carro (12,6%); e o financiamento de casa (10,5%).

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O levantamento aponta também que 19% dos consumidores afirmam que o Pix foi a forma de pagamento mais vantajosa das compras. Há um ano, este porcentual era de 5,5%.