Fazenda: Desnegativação de devedores até R$ 100 será feita até o fim do mês

Governo estima que há 1,5 milhão de pessoas com restrições de crédito por dívida de até R$ 100

Estadão Conteúdo

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O assessor da secretaria de reformas econômicas do Ministério da Fazenda, Alexandre Ferreira, afirmou que a expectativa do governo é de que até o final de julho todas as pessoas que possuem dívidas de até R$ 100 e estão no Desenrola Brasil sejam desnegativadas. Ou seja: as restrições de crédito para esse grupo caem nesta fase, ainda que o valor e a forma de pagamento precisem ser negociados diretamente com a instituição financeira. Os devedores não poderão ser negativados novamente caso não quitem esse débito.

“A partir de hoje temos a desnegativação das dívidas de até R$ 100. Os principais bancos vão retirar a anotação da restrição de crédito dos cadastros. Mais para frente, isso contemplará conta de luz, redes varejistas, mas é à frente. Hoje é uma etapa voltada ao sistema financeiro”, disse em coletiva de imprensa.

Hoje, o governo estima que há 1,5 milhão de pessoas com restrições de crédito por dívida de até R$ 100, e que isso será levantado até o final do mês. “As anotações de até R$ 100 serão retiradas porque é um pré-requisito para que os bancos entrem no programa. Essa dívida não poderá voltar a ser negativada. Na prática, o efeito da negativação na vida dela cai naquele momento, mas a dívida, em termos contábeis, continua”, explica.

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o número de beneficiários dessa desnegativação pode chegar a 2,5 milhões, caso o Nubank resolva aderir ao programa.

Segundo o ministro, só o banco digital teria um milhão de CPFs negativados.

Ferreira reiterou que há interesse das instituições financeiras em aderir à renegociação de dívidas, que é feita diretamente pelos canais dos bancos, e que o governo está criando instrumentos para impulsionar esse mecanismo.

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Mesmo sem um balanço da adesão, a Fazenda disse que os maiores bancos demonstraram interesse no Desenrola e já estão rodando o sistema. O governo acompanhará as operações, que são supervisionadas pelo Banco Central.