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SÃO PAULO – De acordo com a Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), os consumidores não devem se iludir com a redução das taxas de crédito divulgada pelo Banco Central no último dia 25 de julho, considerada a maior dos últimos cinco anos.
Para o economista da entidade, Leonardo Diz, o custo do crédito no Brasil continua proibitivo e, por isso, o cliente precisa ter cautela. “A queda de 0,3 ponto percentual foi insignificante frente a uma taxa de 55,8% ao ano”, argumenta.
Maiores quedas
Dentre as modalidades de crédito para pessoas físicas, a que mais apresentou recuo nas taxas de juros foi a do Crédito Direto ao Consumidor de bens duráveis, passando de 58,1% ao ano para 57,5% ao ano.
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Já os juros do cheque especial recuaram 0,3 ponto percentual, para 145,1% ao ano em média, enquanto os juros do crédito pessoal perderam 0,1 ponto, passando a 62,2% ao ano.
Contratação em extrema necessidade
Para que o consumidor não saia no prejuízo, a Pro Teste só aconselha a contratação de empréstimos em casos realmente necessários, nunca para a aquisição de bens de consumo, cuja compra possa ser adiada.
Considerando uma taxa média de 43,2% ao ano, o cliente que emprestar R$ 1 mil terá que pagar R$ 432 só de juros após um ano. Além disso, devemos considerar o custo de outras taxas envolvidas na contratação, como a Taxa de Abertura de Crédito (TAC).
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Caso o consumidor realmente tenha que recorrer a algum financiamento, a entidade recomenda pesquisar bem as taxas de juros oferecidas pelo mercado. É importante também rejeitar as taxas de juros abusivas, mesmo que se possa pagar a prestação mensal.
E para quem já está devendo, o aconselhável é trocar as linhas mais caras, como cheque especial e cartão de crédito, por outras mais baratas, como o empréstimo pessoal.
Simulador
Para que o cidadão possa calcular todos os custos associados à contratação do crédito imobiliário, a Pro Teste disponibiliza um simulador em sua página na internet. Além dos juros e da duração do financiamento, a associação considera as taxas bancárias, os impostos e os seguros.
Por meio do valor da TAEG, o consumidor pode comparar financiamentos diferentes e saber qual é o mais barato. E devido ao alto valor, a Pro Teste quer que as autoridades forcem as instituições que oferecem crédito ao consumidor a apresentarem a taxa anual efetiva global de encargos (TAEG), que compreende todos os encargos incluídos nas operações.