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Doações via renúncia fiscal ainda são desconhecidas por grande parte dos contribuintes

Maior hospital pediátrico do país, o centenário Pequeno Príncipe conta com as destinações de IR há quase 20 anos

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Filantrópico, o Pequeno Príncipe foi eleito um dos melhores hospitais pediátricos do mundo em um ranking da revista norte-americana Newsweek Crédito: Camila Hampf

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Nos últimos anos, as doações de pessoas físicas via renúncia fiscal têm se tornado uma fonte importante de recursos financeiros que ajudam a manter organizações filantrópicas de todo o Brasil. Os valores contribuem para melhorar a realidade das instituições, mas a destinação poderia ser ainda maior. Números da Receita Federal mostram que apenas 3,15% do potencial de arrecadação é efetivado. Em 2020, a modalidade arrecadou R$ 256 milhões, porém o montante poderia ultrapassar R$ 8 bilhões, se houvesse maior adesão dos contribuintes.

O processo de doação é simples e sem custos, e permite que a pessoa acompanhe aplicação do recurso destinado. Regulamentadas por leis federais, estaduais e municipais, essas destinações podem ser feitas por pessoas físicas que declaram seu Imposto de Renda pelo formulário completo. No momento da declaração, até 31 de maio, os contribuintes podem destinar até 3% de seu imposto, seja a doar ou a restituir. No caso de quem tem IR a pagar, o valor doado para a instituição escolhida é subtraído da quantia a ser paga. Já no caso de IR a restituir, o valor doado é somado à restituição que a pessoa tem a receber e corrigido pela Taxa Selic.

Eleito um dos melhores hospitais pediátricos do mundo em um ranking elaborado pela revista norte-americana Newsweek, o Pequeno Príncipe, localizado em Curitiba (PR), utiliza a modalidade de renúncia fiscal há cerca de 17 anos. Sem fins lucrativos, o Hospital atende pelo menos 60% de seus pacientes via Sistema Único de Saúde (SUS), entretanto tem menos de 30% do seu orçamento composto por recursos provenientes do governo e precisa administrar um déficit anual de cerca de R$ 50 milhões.

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“As dificuldades de hospitais filantrópicos, como o nosso, são enormes. Desde 1994, a tabela do SUS teve, em média, 93,77% de reajuste, enquanto o INPC teve um aumento de 636,07%”, diz a diretoria-executiva do Pequeno Príncipe, Ety Cristina Forte Carneiro. “Os apoios, via renúncia fiscal ou por investimento direto, fazem muita diferença e se tornaram ainda mais imprescindíveis desde 2020, quando a pandemia começou. Contamos com o apoio da Receita Federal, que faz o repasse dos recursos, e com a sensibilidade do contribuinte que, além de cumprir a sua obrigação com o Governo, tem a oportunidade de ajudar a viabilizar as nossas atividades de assistência e pesquisa, que transformam vidas”, completa.

Parte dos recursos captados via renúncia fiscal é investida em pesquisas de novas formas de diagnóstico e tratamento de doenças complexas que afetam crianças e adolescentes / Crédito: Camila Hampf

O Pequeno Príncipe tem diversos projetos aprovados nos fundos para infância e adolescência – todos monitorados pelos conselhos de direitos e pelo Tribunal de Contas, responsáveis pela auditoria, acompanhamento da utilização de recursos e fiscalização da prestação de contas. Os projetos também passam por uma auditoria independente contratada pela instituição.

Vida nova

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Os recursos contribuem para a capacitação dos profissionais, para o investimento em pesquisa e tecnologia, para a manutenção das atividades do Hospital e ainda garantem a humanização e a equidade no atendimento para milhares de crianças e adolescentes de vários estados brasileiros. É o caso de Matheus Tavares Silva Cardoso, 3 anos, que veio de Montes Claros (GO) para ser tratado no Pequeno Príncipe. “Descobrimos o problema de saúde do meu filho já na gravidez, durante o pré-natal. Ele nasceu de 38 semanas e ficou internado na UTI Neonatal. Com 8 dias, ele começou a fazer diálise peritoneal e, com 24 dias, passou por uma cirurgia. Mas ele já tinha perdido a função renal e precisou passar para a hemodiálise”, lembra a mãe, Mônica Aparecida Silva Cardoso.

Matheus, 3 anos, veio de Goiás para fazer hemodiálise e preparar-se para um transplante renal, realizado no final do ano passado / Crédito: Marieli Prestes

Como em Goiás não existia esse tratamento voltado a crianças, Matheus foi encaminhado para o Pequeno Príncipe, em janeiro de 2022, onde se prepararia para um transplante renal. Um órgão compatível apareceu uma semana depois de ter entrado na fila de espera para o procedimento. “Íamos mudar para Curitiba, porque tínhamos que ir ao Hospital com frequência por causa da hemodiálise. Quando recebemos a notícia de que havia um rim para ele, tínhamos acabado de chegar em Montes Claros e foi uma loucura. Aterrizamos no aeroporto, e enviaram uma ambulância para agilizar o processo. Foi um alívio saber que tínhamos chegado a tempo e que tudo havia dado certo. O transplante foi no dia 13 de dezembro do ano passado, e desde então é vida nova”, conta Mônica.

Centro de referência

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A estrutura de suporte é um dos diferenciais dos serviços de transplantes do Pequeno Príncipe. Como o Hospital oferece atendimento em 35 especialidades, as equipes contam com especialistas das mais diferentes áreas para compor o grupo de atenção aos pacientes. Somam-se aos médicos os profissionais de enfermagem, nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, farmacêuticos, psicólogos e assistentes sociais. Os casos são amplamente discutidos pela equipe multiprofissional antes de uma indicação cirúrgica. O planejamento cirúrgico, anestésico e clínico é cuidadosamente preparado e individualizado para cada paciente.

Tudo isso – aliado à estrutura física da instituição, com condições técnicas e equipamentos com tecnologia de ponta em seus leitos de UTI e nas salas do Centro Cirúrgico – garante um trabalho cuidadoso e amplo. Referência nacional em atendimentos de alta e média complexidade, além de transplantes renais, o Pequeno Príncipe também realiza outros tratamentos complexos, como transplantes hepático, cardíaco, de ossos, válvulas cardíacas e medula óssea. Com 361 leitos, sendo 68 de UTI, em 2022, ainda com as restrições impostas pela pandemia de coronavírus, o Hospital realizou cerca de 250 mil atendimentos e 18 mil cirurgias.

Maior hospital pediátrico do país, a instituição paranaense disponibiliza atendimento de média e alta complexidade em 35 especialidades / Crédito: Camila Hampf

A diretora-executiva lembra que o Pequeno Príncipe é um hospital único, não apenas pelo seu porte, número de atendimentos ou por todos os serviços de referência que oferece, mas também porque a instituição pensa nas crianças e adolescentes para além da doença. “Sempre tivemos a coragem de investir em conhecimento, ciência e inovação para estruturar nosso Hospital. Buscamos na nossa experiência, no amor às crianças e no reconhecimento da comunidade e dos nossos apoiadores forças para continuar. Os apoios continuados são uma demonstração de confiança e reconhecimento de nosso trabalho, que há mais de 100 anos transforma a vida de crianças e adolescentes”, considera Ety Cristina Forte Carneiro.

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Como doar 

Para saber mais sobre como fazer a doação via renúncia fiscal e ajudar pacientes pediátricos de todos os estados do Brasil atendidos no Pequeno Príncipe, o contribuinte pode acessar o site: www.doepequenoprincipe.org.br/impostoderenda.

É importante ter em mente que para o recurso chegar realmente à instituição é necessário o doador enviar um e-mail para doepequenoprincipe@hpp.org.br com o DARF de doação, e seu comprovante de pagamento, além dos  dados pessoais do contribuinte e a frase: “Doação direcionada ao Hospital Pequeno Príncipe.”

*Para contribuir com o Hospital Pequeno Príncipe por meio do Imposto de Renda, entre em contato pelo telefone (41) 2108-3886 ou WhatsApp (41) 99962-4461.

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