Do mercado de bairro aos pés de atletas na Olimpíada: há espaço para a dona da Havaianas continuar crescendo?

Roberto Funari, CEO da Alpargatas, participou de live do InfoMoney; somente no segundo trimestre, 58 milhões de pares e peças da marca foram vendidos

Anderson Figo

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SÃO PAULO — Quem assistiu à cerimônia de abertura da Olimpíada de Tóquio 2020 deve ter visto os atletas brasileiros Bruno Rezende (vôlei) e Ketleyn Quadros (judô) entrando no estádio da maneira mais brasileira possível: de Havaianas nos pés. Essa ligação afetiva que os brasileiros têm com a marca tem garantido anos e anos de crescimento para a controladora Alpargatas (ALPA4) — mas esse desempenho é sustentável?

Roberto Funari, CEO do grupo, garante que sim: “no Brasil, a gente é líder em calçados, com uma parcela de somente 13% do mercado. E lá fora, se a gente pegar apenas o segmento de chinelos, que é um mercado de 900 milhões de pares, considerando o mercado endereçável de [chinelos] acima de US$ 10 por par, a gente tem somente 3%. Há países que a nossa participação está acima de 20%. Nossa missão é ver o que funciona nesses países e transferir para os demais mercados para essa participação de 3% subir para o duplo dígito no agregado”, disse em live do InfoMoney nesta terça-feira (10).

A live faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, em que o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Eles falam sobre o balanço do segundo trimestre de 2021 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

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Somente no segundo trimestre de 2021, a Alpargatas vendeu mais de 58 milhões de pares e peças da marca Havaianas, sendo que metade da receita veio do Brasil e a outra metade das vendas no exterior. Segundo o executivo, a estratégia vai continuar privilegiando esse balanceamento entre vendas internas e exportação, o que garante um perfil defensivo ao negócio.

Funari destacou ainda que as vendas cresceram não somente pelas parcerias de sucesso da empresa com lojistas, que vão desde grandes varejistas até pequenos comércios regionalizados, mas também pelos investimentos em vendas online, através de site próprio e parceiros, e também pelas maciças campanhas de marketing — como o patrocínio ao COB (Comitê Olímpico do Brasil).

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“São medidas que reforçam a força da marca Havaianas, que é referência também fora do Brasil”, disse. O executivo destacou uma pesquisa realizada a pedido da companhia que identificou que 58% dos brasileiros (cerca de 116 milhões de pessoas) são “havalovers”, consomem com frequência e têm alto interesse pelos produtos da marca.

Funari afirmou ainda que o principal foco da Havaianas vai continuar sendo em chinelos, mas que o desenvolvimento de novos produtos também é uma iniciativa que a companhia mantém — inclusive a marca vai lançar uma linha de sneakers, tênis casuais, além das famosas alpargatas, por exemplo. Outro forte destacado pelo CEO são os produtos licenciados e as linhas especiais, como a de diversidade e a glitter.

Já sobre a marca Osklen, Funari destacou que a companhia conseguiu reduzir o tamanho negativo da margem Ebitda (relação percentual entre a receita líquida e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no segundo trimestre deste ano, e que algumas medidas foram tomadas para tentar trazer de volta o balanço do segmento para o azul.

O CEO da Alpargatas falou sobre as medidas de reciclagem de chinelos, ações ESG, experimentação da loja modelo beyond core em shopping de São Paulo, estrutura societária, entre outros assuntos. Assista à live completa acima, ou clique aqui.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.