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Mais de 4,5 milhões de brasileiros vivem no exterior. A maioria deles emigrou para lugares “famosos” como Estados Unidos, Portugal e Paraguai. Mas há quem prefira ir um pouco mais longe, para países que se destacam pelos altos índices de qualidade de vida. A Austrália está entre eles: com IDH acima de 0,9 (o indicador varia entre 0 e 1, quanto mais próximo de 1, melhores são as condições), o país concentra 46.630 mil brasileiros, segundo relatório do Itamaraty.
A maior parte está em Sydney – são quase 33 mil espalhados pela cidade do estado de Nova Gales do Sul, no sudeste da Austrália. Com uma população de 5,3 milhões de pessoas, Sydney é conhecida, entre aqueles que buscam emigrar, por oferecer mais oportunidades de trabalho em comparação a outros municípios australianos.
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Apesar disso, em todas as regiões do país há uma alta demanda por trabalhadores imigrantes. O governo australiano, inclusive, criou uma lista, a “Skilled Occupation List” (SOL ou Lista de Ocupações Qualificadas), com 647 cargos necessários e que podem facilitar a obtenção de um visto de trabalho.
Custo de vida em Sydney
Entre as profissões requeridas, que vão de acupunturista a arquiteto, está a função de eletricista, cargo que o brasileiro José Victor de Almeida exerce atualmente em duas escolas em Sydney. Ele chegou ao país em 2023 e ganha 35 dólares australianos por hora, que totalizam em média $1.400 por semana.
Na Austrália, o salário mínimo é $24,10 e o pagamento das despesas – como o aluguel – é feito semanalmente. “Aqui, sem custo de moradia, um casal gasta uns 450 dólares por semana, considerando transporte e até alguma saída de casa para tomar uma cerveja, por exemplo”, comenta o brasileiro que mudou para a Austrália com a esposa Natalia de Almeida, chef em um café. Juntos, os dois ganham em média $2.600 semanalmente e pagam $650 de aluguel pelo mesmo período.
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De acordo com a plataforma Numbeo, que estima o custo de vida em diversos locais do mundo, Sydney é 113% mais cara que São Paulo, com gastos mensais de $1.725,7 para uma pessoa, sem incluir o aluguel.
“Mas a principal vantagem de morar aqui é a segurança. Em qualquer horário, você pode andar na rua com o celular na mão, pode até deixar seu carro aberto, com a chave na ignição. É raro você ver crimes aqui, como roubo, homicídio”, relata o brasileiro.
Saúde e transporte
No país, estudantes estrangeiros podem trabalhar apenas 24 horas semanais e, para obterem o visto de entrada, precisam ter seguro saúde privado. O serviço cobre emergências, mas há coparticipação em consultas e exames.
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Além do pagamento por semana, há outra diferença na dinâmica financeira dos moradores. Na Austrália, é possível escolher se a conta de energia será debitada por mês ou trimestre – em média, é possível pagar $150 a cada três meses.
O transporte público também não tem preço fixo, a passagem varia conforme a distância que o passageiro percorre, mas estudantes pagam meia no valor. O custo da gasolina gira em torno de $1,75 a $2,50 o litro.
Residentes australianos
Diferente dos brasileiros que estão com visto temporário, os residentes permanentes têm mais acesso à educação e saúde, apesar de nenhum serviço no país ser totalmente gratuito. Por lá, existe o sistema Medicare, uma espécie de SUS da Austrália, porém é necessário pagar uma taxa direto no Imposto de Renda.
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Já as universidades podem ser subsidiadas ou não pelo governo. As que não são chegam a custar até $30 mil por ano, a depender do curso e local, e também há diferenças nos valores da mensalidade para os estudantes domésticos (residentes) e internacionais.
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