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SÃO PAULO – Em vista da crise atual, as discussões internacionais visando a rápida adoção do Segundo Acordo da Basiléia ganharam corpo. Ainda em fase de implementação pelos principais bancos mundiais, o Acordo pode mitigar problemas financeiros como os originados pelo episódio do subprime.
Os parâmetros estabelecidos pelo Basiléia II buscam níveis seguros para o grau de exposição ao risco experimentado pelas instituições financeiras. Na cartilha, é clara a menção a ameaças evidenciadas no cenário corrente.
- Risco de mercado: flutuação de preços;
- Risco de crédito: contraparte não cumpre obrigações;
- Risco cambial: flutuação nas taxas de conversão entre moedas;
- Risco swap: violação dos compromissos com taxas swap;
- Risco de liquidez: dificuldade de conversão de ativos em recursos líquidos.
Ao alertar para esses e outros perigos potenciais e impor regulamentações, o Acordo pretende garantir que os bancos tenham capital suficiente para cumprir suas obrigações e absorver eventuais perdas.
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Acelerando o processo?
Diante da evidente relação entre os problemas do subprime e as soluções do Basiléia II, economistas favoráveis a uma adaptação rápida ao Acordo ganharam argumentos favoráveis.
No entanto, alguns críticos da pressa lembram que o cronograma original projeta aplicação prática generalizada somente a partir de 2015. A adoção das regulamentações antes do tempo pode prejudicar a definição de níveis ótimos de alocação de capital, pecando pelo conservadorismo.
Pelo meio termo
Estabelecer regras para a alocação ótima de capital em um período de crise pode significar uma supervalorização dos riscos citados acima.
Se níveis reduzidos de recursos resultam em instituições frágeis e com baixos ratings, patamares elevados normalmente implicam utilização ineficiente do capital e conseqüente baixo retorno para os investidores.
Portanto, vale considerar as repercussões da turbulência atual, mas preferencialmente a posteriori, com distância saudável em relação ao ápice dos problemas. Para que o Basiléia II não solucione alguns males em troca de outros.