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Crise financeira atual pede implementação mais rápida do Basiléia II

Acordo que determina níveis seguros de exposição ao risco poderá prevenir mazelas; mas já é hora de aplicar as regras?

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SÃO PAULO – Em vista da crise atual, as discussões internacionais visando a rápida adoção do Segundo Acordo da Basiléia ganharam corpo. Ainda em fase de implementação pelos principais bancos mundiais, o Acordo pode mitigar problemas financeiros como os originados pelo episódio do subprime.

Os parâmetros estabelecidos pelo Basiléia II buscam níveis seguros para o grau de exposição ao risco experimentado pelas instituições financeiras. Na cartilha, é clara a menção a ameaças evidenciadas no cenário corrente.

Ao alertar para esses e outros perigos potenciais e impor regulamentações, o Acordo pretende garantir que os bancos tenham capital suficiente para cumprir suas obrigações e absorver eventuais perdas.

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Acelerando o processo?

Diante da evidente relação entre os problemas do subprime e as soluções do Basiléia II, economistas favoráveis a uma adaptação rápida ao Acordo ganharam argumentos favoráveis.

No entanto, alguns críticos da pressa lembram que o cronograma original projeta aplicação prática generalizada somente a partir de 2015. A adoção das regulamentações antes do tempo pode prejudicar a definição de níveis ótimos de alocação de capital, pecando pelo conservadorismo.

Pelo meio termo

Estabelecer regras para a alocação ótima de capital em um período de crise pode significar uma supervalorização dos riscos citados acima.

Se níveis reduzidos de recursos resultam em instituições frágeis e com baixos ratings, patamares elevados normalmente implicam utilização ineficiente do capital e conseqüente baixo retorno para os investidores.

Portanto, vale considerar as repercussões da turbulência atual, mas preferencialmente a posteriori, com distância saudável em relação ao ápice dos problemas. Para que o Basiléia II não solucione alguns males em troca de outros.