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SÃO PAULO – O crescimento da urbanização brasileira, feito de maneira rápida e sem planejamento, resultou em graves problemas de habitação, saneamento, infra-estrutura, trânsito, transporte e ocupação irregular do solo.
A concentração de pessoas nas cidades dobrou nos últimos 60 anos. Antes, 40% delas moravam nas cidades, enquanto os 60% restantes estavam no campo. Atualmente, 82% das pessoas estão concentrados nas áreas urbanas.
As informações foram dadas pelo ministro das Cidades, Márcio Fortes, que afirmou ainda que em cerca de 12 milhões de moradias, pelo menos um serviço público não existe, como coleta de lixo, abastecimento de água, energia elétrica e esgotamento sanitário. O déficit habitacional já atinge 7,2 milhões de famílias em todo o País.
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Soluções para o problema
Na 2ª Conferência Nacional das Cidades, aberta na última quarta-feira (30), o ministro das Cidades anunciou que, ciente do problema, o presidente Lula liberou o limite de R$ 2,2 bilhões para a utilização de recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para a contratação de projetos na área de saneamento.
Fontes ressaltou que 70% dos recursos para financiamento na área de habitação foram direcionados às famílias que ganham até três salários mínimos por mês, justamente onde o problema se coloca de maneira mais intensa.
O Brasil integra um conjunto de países que se comprometeram a trabalhar pela melhoria de vida das cidades de todo o mundo e precisa combater o problema de seus municípios para cumprir duas das metas previstas nos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, da ONU.
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Uma das diretrizes definidas pela ONU é a redução pela metade da quantidade de pessoas que não têm acesso à água potável e aos serviços básicos de saneamento até 2015. A outra é, até 2020, melhorar significativamente a situação de pelo menos 100 milhões de pessoas que não têm uma moradia digna. As informações são da Agência Brasil.