Como o Banco Central decide a taxa Selic e como ela afeta seu bolso?

O Banco Central montou um tira-dúvidas para explicar as diversas características da taxa básica de juros

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Com a queda contínua da inflação e a recuperação da economia, o Banco Central cortou – pela 11ª vez consecutiva e conforme já era esperado – a taxa básica de juros de 7% aa para 6,75% aa nesta quarta-feira (7) e isso afeta diretamente a vida dos brasileiros. 

Na prática, as famílias terão juros mais baixos em empréstimos e financiamentos e as empresas terão custos menores para investir e podem gerar mais empregos. 

O Banco Central montou um tira-dúvidas para explicar diversas características sobre a Selic, desde como é decidida até seus efeitos na economia. Veja:

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Como é decidida a taxa de juros?
A evolução da taxa básica de juros, a Selic, é decidida em reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), formado pela diretoria do Banco Central. São oito encontros por ano, um a cada 45 dias.

A reunião ocorre em duas etapas. Na primeira parte, sempre às terças-feiras, é feita uma análise de mercado e de conjuntura. Durante a manhã e a tarde, técnicos do Banco Central apresentam análises da economia brasileira e internacional para os diretores.

Nas quartas-feiras ocorre a segunda etapa da reunião. Essa parte do encontro, no entanto, conta somente com a presença dos diretores e do presidente do Banco Central.

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Para que serve a taxa de juros?

Por ser usada como referência para todas as operações entre os bancos, a Selic influencia toda a economia brasileira. Quando ela sobe, o acesso ao crédito pela população fica mais difícil, resultando em diminuição do consumo. Se a taxa cai, ocorre o processo inverso.

Por que ela é usada para controlar a inflação?

Como a taxa Selic tem influência sobre o consumo, ela constitui a principal ferramenta do Banco Central para controlar os preços e a inflação.

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Como ela afeta a atividade econômica?

Como o aumento da taxa Selic eleva a atratividade das aplicações em títulos da dívida pública, a tendência é que os investidores coloquem recursos em empréstimos para o governo do Brasil, uma vez que o retorno passa a ser mais alto.

Quando ocorre o inverso, os investimentos no setor produtivo passam a ser mais viáveis, o que beneficia a economia durante períodos de economia fraca.

Por que é importante controlar a inflação?

Diante do histórico do Brasil com a hiperinflação, o respeito ao controle dos preços é um compromisso de que o governo do Brasil atuará para evitar um cenário de inflação alta, que corrói salários, aumenta a desigualdade e afeta a estabilidade econômica.

Dessa forma, ao respeitar o centro da meta de inflação, hoje em 4,5%, o governo dá mais segurança às famílias, às empresas e aos investidores de que está comprometido com a estabilidade e com os rumos da economia.

O que tem acontecido nos últimos meses?
Com mais otimismo diante da mudança de rumos da política econômica, as expectativas com a inflação melhoraram e os preços vêm caindo. A atividade econômica ainda está em processo de retomada, o que contribui para o que o Banco Central tenha espaço para realizar cortes na taxa Selic.

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