Faxina financeira: veja como limpar nome e não cair no vermelho de novo

Feirão Limpa Nome Online do Serasa Experian estará no ar até o dia 12 de abril
Ilustração mostra casal endividado

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SÃO PAULO – Na última segunda-feira (7), começou o Feirão Limpa Nome Online do Serasa Experian, que oferece ao consumidor a possibilidade de negociar suas pendências financeiras diretamente com os credores pela internet. O feirão estará no ar até o dia 12 de abril.

No entanto, não basta só retirar o nome da lista de inadimplentes, o consumidor também precisa se planejar para não se endividar de novo e ficar no vermelho. De acordo com o educador financeiro Reinaldo Domingos, esta é uma ótima oportunidade para que as pessoas limpem os seus nomes. “Contudo, é fundamental que se honre os acordos firmados, e também que se planeje para que o problema não volte no final, como ocorre na grande maioria das vezes.”

Para ele, o ciclo do endividamento se constitui de causas como analfabetismo financeiro, consumismo, marketing publicitário e crédito fácil; de meios (cheque especial, cartão de crédito, crediário, crédito consignado, empréstimos, adiantamentos e antecipação do Imposto de Renda); e de efeitos, como problemas conjugais, problemas de saúde, desmotivação, baixa autoestima, produtividade reduzida, atrasos e faltas no trabalho.

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“Para quebrar esse ciclo é necessário ajudar a ampliar o repertório da população sobre finanças, de forma consistente e carregada de sentido prático, para que assimilem, o mais cedo possível, a importância do equilíbrio financeiro para o bem-estar individual e social”, afirma.

Como se fica endividado?
Conseguir uma dívida é mais fácil do que se pensa. Imagine a seguinte situação: você comprou uma casa ou um carro à prestação, mas as parcelas não cabem no orçamento, logo você passa a pagar todas as demais despesas no cartão de crédito, imaginando que assim sobrará recurso para pagar suas principais dívidas.

No entanto, dentro de poucos meses, você já não consegue quitar a fatura do cartão e passará a pagar a parcela mínima, até que entre algum recurso extra. Mas isso não acontece e a saída é recorrer também ao cheque especial. Chega o começo do outro mês e a história se repete, sendo que o salário recebido é suficiente apenas para cobrir o limite do cheque especial. Junto vem o débito referente aos juros do período mais a parcela mínima do cartão acompanhada de juros.

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A alternativa, então, é parar pagar a prestação da casa ou do carro e quando você se dá conta, já está endividado.

O que fazer?
De acordo com Domingos , o ideal é fazer um levantamento detalhado de todas as dívidas, separando os itens em “essenciais” e “não essenciais”, priorizando o pagamento das essenciais para evitar o corte de serviços indispensáveis.

Deve-se também priorizar as dívidas que têm as taxas de juros mais altas, que, provavelmente, serão as dos empréstimos adquiridos junto ao sistema financeiro. Se assim for, o melhor é procurar o gerente e pedir que junte as dívidas de cheque especial, cartão de crédito e demais empréstimos e negocie uma linha de crédito diferente, mais alongada, com juros médios de 2,5%, cuja prestação seja menor do que o valor total dos juros que a pessoa pagava mensalmente.

Com isso, o devedor estará pagando não mais apenas os juros, e sim o valor principal, fazendo com que a dívida seja efetivamente liquidada ao longo do tempo. Se não houver possibilidade de acordo com a instituição financeira ou se a parcela negociada não couber no orçamento será melhor poupar para quando for procurado pelas empresas de recuperação de crédito contratadas pelos bancos, tenha melhores condições de negociar a quitação em valores menores.