Inadimplência cresce 6,58% em março e devedores somam 52,5 milhões

Número de inadimplentes vem acelerando desde o segundo semestre de 2013

Nara Faria

Ilustração mostra mulher diante de contas a pagar

Publicidade

SÃO PAULO – O SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) registrou um aumento de 6,58% no número de consumidores inadimplentes em março de 2014, ante o mesmo período do ano passado. Na avaliação da economista do SPC Brasil, Luiza Rodrigues, o resultado no mês reflete o atual cenário econômico de desaquecimento da economia brasileira e de alta de juros, que aumenta a dificuldade das famílias em honrar compromissos.

A inadimplência do consumidor vem acelerando desde o segundo semestre de 2013, coincidindo com a alta da taxa Selic (taxa básica de juros básicos) e, consequentemente, com o encarecimento do crédito.

De acordo com uma série histórica iniciada pelo SPC em 2011, esta é a segunda maior alta já registrada para meses de março. A partir deste dado, o SPC Brasil e a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) estimam que, ao fim de março, havia no Brasil cerca de 52,5 milhões de consumidores inadimplentes.

Exclusivo para novos clientes

CDB 230% do CDI

Destrave o seu acesso ao investimento que rende mais que o dobro da poupança e ganhe um presente exclusivo do InfoMoney

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Compras não planejadas
Na comparação com o mês de fevereiro, o número de consumidores inadimplentes subiu 1,31%. O resultado, segundo economistas, é consequência das compras não planejadas realizadas no Natal do ano passado, assim como nas liquidações de janeiro.

“As dívidas vencidas em dezembro e em janeiro ainda não foram pagas, o que explica o forte aumento do número de compromissos em atraso vencidos entre 31 e 90 dias. Isso sem mencionar o comprometimento do orçamento familiar com pagamentos de despesas típicas de início de ano como IPTU e IPVA”, explica a economista.

O número de dívidas em atraso na base de dados do SPC em março cresceu 0,75% em relação a fevereiro. A alta foi a segunda menor para março nos últimos cinco anos. Na comparação com março de 2013, a alta foi de 3,81%, maior ritmo de crescimento em 13 meses.