Apesar de crescer 14,6%, operações de crédito mostram desaceleração em 2013

Elevação da taxa básica de juros e menor dinamismo por parte de consumidor influenciaram no resultado no período

Nara Faria

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SÃO PAULO – O total de crédito do sistema financeiro alcançou R$ 2.715 bilhões em dezembro, após crescimento mensal de 2,4%, acumulando expansão de 14,6% no ano. O dado mostra queda frente ao crescimento de 16,4% em 2012, e representa o menor crescimento desde o ano de 2010, quando elevou 20,6% no ano.

No período, o saldo de crédito na economia alcançou 56,6% do PIB (Produto Interno Bruto), ante 55,5% em novembro e 53,9% no final de 2012. O menor ritmo de expansão do crédito em 2013 refletiu a desaceleração nas operações com recursos livres, influenciada pela elevação da taxa básica de juros a partir de abril e pelo menor dinamismo do consumo das famílias. No período, houve uma expansão de 1,8% na carteira de pessoas físicas, totalizando R$ 1.251 bilhões, enquanto o crédito às empresas avançou 3%, alcançando R$1.464 bilhões.

“Ao longo de 2013, o mercado de crédito apresentou aumento das taxas de juros, acompanhado de redução dos spreads, elevação de prazos e recuo consistente da inadimplência, cujos índices alcançaram patamares mínimos da série histórica, iniciada em março de 2011″, explica o BC em nota.

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A inadimplência do sistema financeiro, referente a operações com atrasos superiores a noventa dias, recuou 0,1 ponto percentual no mês, ficando em 3%, o menor patamar da série histórica iniciada em março de 2011.

De acordo com o BC, o indicador refletiu as quedas de 0,1 ponto percentual nos segmentos de pessoas jurídicas e de pessoas físicas, que alcançaram 1,8% e 4,4%, respectivamente. Nas operações com recursos livres e com recursos direcionados, o indicador alcançou 4,8% e 0,9%, na ordem.

Nos empréstimos às famílias, a taxa média de juros atingiu 25,6%, após redução de 0,5 ponto percentual no mês de dezembro e elevação de 1,3 ponto percentual no ano. Nas operações com recursos livres, a taxa média situou-se em 38%, ao diminuir 0,5 ponto percentual no mês, refletindo o decréscimo de 0,4 ponto percentual nos créditos pessoais. No segmento com recursos direcionados, a taxa média permaneceu em 7,3%.