Crédito para veículos recua 8,5% no mês de novembro, revela Anef

Liberação continuou refletindo a indefinição sentida nos últimos meses do ano nas vendas de veículos

Nara Faria

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SÃO PAULO – A liberação de recursos para o financiamento de veículos registrou queda de 8,5% no mês de novembro, se comparado ao mês anterior, somando R$ 9,6 bilhões no período, ante os R$ 10,5 bilhões registrados em outubro.

Para a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), a liberação continuou refletindo a indefinição sentida nos últimos meses do ano nas vendas de veículos, em que as taxas de juros promocionais e a circulação do 13º salário fizeram oposição às indefinições sobre a retomada do Imposto sobre produtos Industrializados (IPI) e a obrigatoriedade de itens de segurança, como ABS e airbag.

Com isso, os recursos liberados, que haviam apresentado considerável alta no mês anterior, retrocederam mais uma vez.

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O saldo total da carteira de financiamentos apresentou recuo de 0,2% em novembro, atingindo R$ 229,4 bilhões. Na comparação com o mesmo período de 2012, quando alcançou R$ 241 bilhões, a queda foi de 4,8%.

Ainda em relação ao mês de novembro, as associadas da Anef praticaram uma taxa média de juros de 1,27% ao mês, 0,2 ponto percentual acima da efetivada em outubro, que foi de 1,25%.

A taxa média anual atingiu 16,35%, contra 16,08% do mês anterior. Enquanto isso, a ponderação média das taxas praticadas pelo mercado em bancos de varejo no financiamento de veículos passou de 1,59% a.m e 20,8% a.a para 1,62% ao mês e 21,2% ao ano, respectivamente, no CDC para pessoa física.

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No CDC para pessoa jurídica, as taxas diminuíram de 1,35% ao mês e 17,5% ao ano para 1,34% ao mês e 17,3% ao ano. A Selic apresentou alta no período, de 0,76% ao mês para 0,80% a mês e de 9,50% ao ano para 10% ao ano.

Inadimplência
A falta de pagamento de contratos de financiamento (CDC) acima de 90 dias, no caso de pessoa física, apresentou queda de 0,1 p.p em novembro, ficando em 5,3%. Os atrasos acima de 30 dias tiveram a mesma redução, passando de 8,1% para 8%.

Para o presidente da Anef, Décio Carbonari de Almeida, as seguidas quedas de inadimplência mantêm a expectativa de que o mercado de financiamento de veículos apresente recuperação em 2014.

“Esta sensível melhora nos índices de inadimplência poderá contribuir para que as instituições introduzam alterações em suas respectivas políticas de crédito, permitindo certo alívio na rigidez das avaliações das propostas. Além disso, a recente definição sobre a obrigatoriedade de itens de segurança nos veículos zero-quilômetro e a nova estratégia para recomposição da alíquota do IPI deixam o cenário mais claro. Embora possam aumentar o valor para o consumidor final, fazem com que ele tenha mais agilidade na tomada de decisão sobre a compra”, avalia o executivo.