Crédito: CMN amplia atuação de fintechs e Caixa derruba juros de parcelado do cartão

Taxas diferenciadas valem por 90 dias na Caixa, como estímulo ao crédito

Equipe InfoMoney

Prédio da Caixa Econômica Federal

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SÃO PAULO – O Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou na noite da última quinta-feira (26) que fintechs autorizadas a operar como Sociedades de Crédito Direto (SDC) poderão emitir cartões de crédito e financiar operações utilizando recursos do BNDES.

Além de atuarem de forma eletrônica, “ao atuarem com uma estrutura de baixo custo operacional, essas entidades se especializaram em atender segmentos com reduzido histórico de crédito no país, tais como os micro e pequenos empresários”, escreveu o BC em nota. “Por isso, podem contribuir de forma contracíclica no atual momento de crise decorrente do COVID-19”.

O CMN também ampliou, ainda, o escopo dos fundos com os quais  essas fintechs e os credores das Sociedades de Empréstimos Entre Pessoas (SEP) – modelo de P2P – podem fazer a cessão de suas carteiras. Originalmente, essas empresas só conseguiam captar por meio de  fundos de investimentos em direitos creditórios (FIDC) cujas cotas fossem detidas por investidores qualificados. “Com a mudança, as operações poderão ser feitas com outros tipos de fundo, desde que as suas cotas sejam destinadas exclusivamente a investidores qualificados”, anuncia o BC.

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Também na linha de estimular o crédito, a Caixa anunciou corte na taxa do parcelado do cartão de crédito de 7,7% ao mês para 2,9% por 90 dias e disponibilizou mais R$ 33 bilhões em linhas de crédito, totalizando R$ 111 bilhões.

Os novos recursos serão repassados para linhas como capital de giro, compra de carteiras, para Santas Casas, além do crédito agrícola. “Estamos liberando um total de R$ 60 bilhões em capital de giro, em especial para pequenas e micro empresas, R$ 40 bilhões em compra de carteiras, R$ 5 bilhões para Santas Casas e R$ 6 bilhões para a agricultura”, detalhou Guimarães em live na quinta-feira.

No cheque especial, a taxa de juros também caiu de 4,9% para 2,9% ao mês para clientes que recebem salário na Caixa, também por 90 dias. Desde que assumiu o comando do banco público, no início do ano passado, Guimarães tem se debruçado no tema. O cheque especial na Caixa tinha juros de 14% ao mês e já havia sido reduzido em dois movimentos.

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Líder do financiamento imobiliário no Brasil, a Caixa também tem anunciado medidas para facilitar os clientes da casa própria, oferecendo uma carência para o pagamento das prestações. Conforme Guimarães, a pausa, que já foi acionada por 750 mil pessoas, foi ampliada de 60 dias para 90 dias. “Estamos analisando. Se necessário, vamos ampliar para 120 dias”, informou o executivo.

O presidente da Caixa anunciou ainda que a Caixa já liberou R$ 3,35 bilhões para estados e municípios tocarem obras urgentes, em um total de 246 operações com 195 tomadores). Ainda estão em estudo no banco público 324 operações de financiamento que somam R$ 5,16 bilhões.

Com Agência Estado