Black Friday: vendas crescem, mas consumidores ainda têm problemas

Dados do ReclameAqui apontam 5,6 mil reclamações relacionadas à Black Friday; em 2017, eram 3,5 mil 

Júlia Miozzo

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SÃO PAULO – As vendas da Black Friday nesse ano superaram em 23% as de 2017, segundo dados da Ebit|Nielsen. Isso representa um crescimento 50% acima do esperado pelo mercado, de 15%, também segundo a consultoria.

Esse crescimento foi acompanhado pelo número de reclamações registradas pelo ReclameAqui durante a data: o total de reclamações neste ano, foi de 5.607, total 20% maior do que o registrado no mesmo período das edições anteriores – 3,5 mil em 2017 e 2,9 mil em 2016.

A principal queixa dos consumidores neste ano segue sendo a mesma dos anteriores: propaganda enganosa e maquiagem de preços, representando 14% das reclamações; a divergência de valores e problemas na finalização da compra vêm em seguida, empatadas em 7,6%; depois, atraso na entrega (3,9%) – com a antecipação de ofertas oferecidas pelas marcas, os consumidores começaram a comprar já no início de novembro, não necessariamente na sexta-feira.

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Segundo Felipe Paniago, diretor de operações do ReclameAqui, isso indica que a Black Friday brasileira ainda está se adaptando às dificuldades das empresas e necessidades dos consumidores. Os problemas não estão relacionados à infraestrutura, mas sim ao não cumprimento de prazos e a inexistência de grandes descontos.

“No Brasil, as grandes marcas não conseguem oferecer as ofertas, e os consumidores já entenderam que vão comprar com 20% ou 30% de desconto no máximo. Além disso, não dá para ter Black Friday só em um dia por aqui, mas sim praticamente todo o mês”, disse Felipe.

Os produtos que tiveram mais reclamações foram: smartphones (11%), televisão (5,3%), passagens aéreas (4,7%) e tênis (3,6%). Americanas.com, Casas Bahia, Netshoes e Magazine Luiza foram as empresas mais reclamadas pelos consumidores.

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Neste ano, os dados apresentados foram coletados entre as 11h de quarta-feira (21) às 23h59 da sexta-feira (23). 

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