Black Friday: 8 dicas para aproveitar os descontos e evitar problemas

Em 2017, o faturamento na Black Friday chegou a R$ 2,1 bilhões e a expectativa para esse ano é que atinja R$ 2,5 bilhões  

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – A Black Friday acontece na penúltima sexta-feira (23) de novembro e é um dos eventos mais aguardados pelo comércio e pelos consumidores.

Só no ano passado o faturamento na Black Friday chegou a R$ 2,1 bilhões, segundo levantamento da Ebit, empresa que acompanha a evolução do varejo digital. E a expectativa para esse ano é que atinja R$ 2,5 bilhões, segundo o site idealizador do evento www.blackfriday.com.br

No entanto, é preciso ficar atento para evitar fraudes e prejuízos financeiros. O InfoMoney selecionou algumas dicas para que você evite armadilhas na hora da compra.

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Veja no que você deve prestar atenção para não cair na “Black Fraude”:

1.Reputação da loja

Antes de finalizar uma compra, é necessário avaliar a reputação da loja em sites referência, como o Reclame Aqui. “Mas, além da nota, preste atenção ao tipo de reclamação feita, pois relatos de fraude ou mau atendimento possuem um peso bem maior do que atraso na entrega do produto”, afirma Fabio Carneiro, co-fundador do Promobit.

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2. Acompanhe a variação dos preços  

Para aproveitar um desconto real é preciso saber o preço daquele produto antes da época de descontos. Por isso, acompanhar o valor do item que você pretende comprar é crucial para não ser enganado. Às vezes, há a possibilidade de alguns itens ficarem mais caros nas semanas anteriores da Black Friday, e no dia apenas voltam ao preço normal de antes – uma falsa promoção, portanto.

3. Fique atento ao frete e à data de entrega

Algumas lojas oferecem frete grátis, outras incluem o valor do frete no valor do produto. Dependendo do valor do frete, os produtos podem ficar mais caros do que antes da Black Friday. Preste atenção nisso, antes de efetivar a compra.

Além disso, não esqueça de conferir a data de entrega do produto. Geralmente, por conta da alta demanda, os e-commerces oferecem prazos de entrega mais longos que o usual. Se você deseja comprar presentes para datas específicas se planeje bem, pois o produto pode chegar depois do que o esperado.

4. Uso das redes sociais

As redes sociais podem ser usadas a seu favor como uma fonte de informação e termômetros da confiabilidade de uma loja. Segundo Carneiro, é necessário avaliar a longevidade do e-commerce nesses canais e as avaliações feitas pelos consumidores.

Antes de efetivar a compra sempre dê uma olhada nas páginas das lojas no Facebook, por exemplo, para avaliar os comentários e o que outros consumidores estão achando.

5. Forma de pagamento

É muito importante verificar quais as formas de pagamento que são aceitas no e-commerce, especialmente se a loja virtual disponibiliza a opção do cartão de crédito.

“Uma loja, para poder receber pagamentos via cartão, precisa apresentar uma extensa documentação – e isso, por si só, já cria uma grande barreira para um fraudador oportunista. O cliente não precisa necessariamente escolher pagar no cartão, mas só de o fato de o estabelecimento oferecer esta opção já significa muita coisa”, ressalta Tom Canabarro, co-fundador da Konduto.

Além disso, sempre evite sites que aceitem só uma forma de pagamento, principalmente se essa opção for boleto bancário. Isso porque corre o risco do site desaparecer e nunca entregar o produto comprado após o pagamento ter sido feito.

Pagar à vista ou parcelado, fica a critério do consumidor. Mas vale algumas ressalvas. Se for pagar no boleto sempre confira a reputação da loja, para não correr riscos como o citado acima. E se optar por parcelar no cartão de crédito sempre fique atento aos juros. A chance de fraude via boleto é maior do que usando cartão 

6. Lojas falsas

O maior perigo para o consumidor, porém, está nas lojas falsas que costumam aparecer durante a Black Friday. Elas são criadas por criminosos apenas para aplicar golpes em consumidores desavisados.

“Nos últimos anos, vimos diversos casos de fraudes que seguiram um roteiro bastante conhecido: supostos e-commerces que ofereciam produtos bastante cobiçados (como smartphones), a um preço muito vantajoso, mediante pagamento no boleto ou na transferência bancária. Semanas se passavam e o produto não era enviado, o site desaparecia e o consumidor ficava com o prejuízo”, finaliza Canabarro.

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7. Verificar informações básicas

Justamente pela possibilidade de lojas falsas, é preciso verificar as informações como Razão Social, CNPJ e endereço para saber se a loja é confiável ou não.

Segundo Henri Sternberg, diretor de Negócios Corporativos da Certisign, empresa especialista em segurança para lojas virtuais, para oferecer um site protegido contra o ataque de hackers, os lojistas precisam investir no Certificado SSL.

Ele garante um canal de comunicação criptografado, protegendo as informações em tráfego, entre o servidor da loja e o dispositivo do consumidor, contra a intercepção de terceiros. “O SSL tem validade e caso esteja expirado, ao acessar o seu site, o potencial cliente verá mensagens que indicarão um ambiente não seguro”.

Para identificar esse certificado, basta verificar alguns sinais. Entre eles, a letra S no HTTP, portanto HTTPS nos ambientes protegidos pelo SSL.

Outros sinais são: cadeado no browser e aplicação do Selo de Segurança, que geralmente fica no rodapé da página ou na tela de pagamento. No entanto, Sternberg alerta que “não basta apenas conferir se o site tem o Selo. É preciso clicar em cima para checar as informações do Certificado SSL, que deve ter sido emitido para o site em questão. Essa mesma conferência pode ser feita ao clicar no cadeado também”.

Outro fator que pode ajudar na identificação de lojas falsas são os erros de português e a linguagem inconsistente

8. Tire um “print” de todas as telas das etapas de compra

Essa dica também vale para e-mails de confirmação de compra e de prazos de entrega que os sites costumam enviar. Ter esses prints em mãos valerá como prova, caso haja erros no processo de compra, seja valor indevido ou não recebimento de algum produto. 

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.