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SÃO PAULO – O consumo médio de energia por residência deve aumentar 24% nos próximos dez anos, de acordo com levantamento da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) divulgado nesta terça-feira (22).
Segundo a pesquisa, esses consumidores deverão gastar 191 kWh (kilowatts-hora) por mês em 2020, enquanto em 2010 o gasto médio foi de 154 kWh por mês. O máximo histórico de 180 kWh por mês, registrado antes do racionamento de 2001, será ultrapassado por volta de 2017. No total, as residências deverão apresentar um aumento de 4,5% ao ano no consumo de eletricidade, passando de 107,2 mil GWh (gigawatts-hora) em 2010 para 166,9 mil GWh em 2020.
Consumo total
De acordo com a EPE, a demanda de energia elétrica nacional, considerando todas as classes de consumo, deverá crescer a uma taxa média de 4,8% ao ano, saindo de um patamar de consumo total de 456,5 mil GWh em 2010 para 730,1 mil GWh em 2020.
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Baseado na hipótese de a economia brasileira se expandir ao ritmo de 5% ao ano, nos próximos 10 anos, o levantamento ainda projeta um acréscimo do consumo total de eletricidade de 274 mil GWh, acima do atual consumo de eletricidade do México e próximo ao atual consumo da Espanha.
Autoprodução
As projeções da EPE sinalizam que uma parcela significativa da demanda total de eletricidade do país será atendida por autoprodução, “que crescerá a uma taxa média de 6,6% ao ano e deverá atingir 71 mil GWh em 2020 – o equivalente a 10% do consumo total de eletricidade neste ano”.
O acréscimo da autoprodução, nos 10 anos, será de aproximadamente 34 mil GWh. Já o consumo industrial total aumentará à taxa de 4,8% ao ano, chegando a 354,7 mil GWh em 2020, segundo o estudo.
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Redução de consumo
Ainda de acordo com a pesquisa, a previsão de demanda para os próximos dez anos inclui ganhos de eficiência elétrica, o que resulta em uma redução do consumo de eletricidade de 33,9 mil GWh em 2020.
“Esse montante de energia conservada equivale à geração de 4,5 mil MW médios (aproximadamente a energia média a ser gerada pela usina hidrelétrica de Belo Monte)”, diz a EPE.