Consumidor precisa ficar atento para não comprar botijão de gás adulterado

Sindigás estima em 200 mil pontos de venda irregulares; armazenagem inadequada é um dos riscos mais freqüentes

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SÃO PAULO – A dona de casa ou o responsável pela compra do botijão de gás da residência precisam estar atentos aos produtos irregulares, que cada vez mais tomam conta do mercado e apresentam riscos aos consumidores.

Comprar o gás liquefeito de petróleo, mais conhecido como GLP, em locais de segurança duvidosa pode significar prejuízos materiais e mesmo grave perigo para a saúde da família.

Uma prática tem se tornado comum em todo o Brasil: revendedores clandestinos batem nas portas dos consumidores oferecendo o botijão de gás como se representassem empresas oficiais. O uniforme e as pequenas vans que costumam utilizar são parecidos aos das companhias regulares.

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Para convencer o cliente, que muitas vezes está com seu botijão cheio, os clandestinos oferecem preços mais baratos, dizem que há possibilidade de greve dos distribuidores, ou que os custos do produto subirão em breve. É preciso ficar atento para não cair neste golpe.

Armazenagem inadequada e adulteração

De acordo com Sérgio Bandeira de Mello, superintendente do Sindicato das Empresas Distribuidoras de GLP (Sindigás), o setor estima em cerca de 200 mil o número de pontos de venda ilegais.

“No estabelecimento informal, a irregularidade mais freqüente diz respeito à armazenagem inadequada, o que acaba comprometendo a qualidade do botijão de gás”, alerta Mello.

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Além disso, em alguns pontos há também a ocorrência de adulteração do GLP, o que representa perigo ainda maior para quem adquire o produto. Nestes casos, os revendedores clandestinos podem comercializar botijões com a metade do conteúdo, misturar outras substâncias e deixar o lacre mais vulnerável a vazamento.

Segundo Mello, “esta prática ainda é menos freqüente entre os pontos de venda irregulares, mas se o governo não promover uma política de combate ostensiva a clandestinidade, a longo prazo a adulteração pode se tornar mais comum e perigosa”.

Medidas de segurança

Para que o consumidor se certifique da segurança do botijão de gás que leva para dentro de casa, o primeiro passo é adquiri-lo em um estabelecimento de confiança. De acordo com Mello, procurar por lojas com “bandeira” conhecida e criar o hábito de comprar o produto sempre no mesmo local são consideradas boas precauções.

Outra dica importante é vistoriar o botijão de gás. Caso a marca que esteja impressa no lacre do produto seja a mesma grafada em alto relevo no corpo do botijão, o risco de adulteração é menor. Do contrário, se o consumidor notar diferença nas marcas, é melhor não levar o botijão.