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SÃO PAULO – A elevação da taxa básica de juros (Selic) de 10% para 10,5% ao ano anunciada pelo Banco Central acende o sinal amarelo para os endividados. A taxa de juros ficam mais caras para as principais linhas de crédito.
“A falta de preocupação com os juros poderá ocasionar sérios problemas com as dívidas e inadimplência no futuro, pois é isso que ocasiona a bola de neve que acaba com as finanças das famílias”, alerta Reinaldo Domingos, educador financeiro, presidente da Dsop Educação Financeira e Editora Dsop.
O ciclo de alta iniciado em maio do ano passado levou a taxa média de juros no Brasil a subir 3,25% em um ano. A taxa passou de 7,25% ao ano em janeiro de 2013 para os 10,5% ao ano atuais.
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Para fazer os cálculos foi considerado um prazo de pagamento de 12 parcelas com uma média dos juros cobrados pelo mercado nos dois períodos. Vale mencionar que o cálculo não considera taxas de abertura de crédito ou outras que podem vir a ser cobradas por cada banco. Além disso, como corresponde a uma média do mercado, a taxa de juros apresenta alterações para mais ou para menos de banco para banco.
Para esta estimativa, foram executados os cálculos comparativos para quatro linhas de crédito: empréstimo pessoal, empréstimo consignado, cheque especial e dívida no cartão de crédito. Constatou-se um aumento do valor cobrado de juros superior a 30% para todas as linhas, com o empréstimo pessoal apresentando a maior elevação, de 46%.
Linha de crédito | Janeiro de 2013 | Janeiro de 2014 | Aumento |
Empréstimo pessoal |
Valor empréstimo: R$ 1.000 Valor final: R$ 1.241,81 |
Valor empréstimo: R$ 1.000 Valor final: R$ 1.353,90 |
R$ 112,10 |
Empréstimo consignado |
Valor empréstimo: R$ 1.000 Valor final: R$ 1.134,72 |
Valor empréstimo: R$ 1.000 Valor final: R$ 1.184,06 |
R$ 49,34 |
Cheque especial |
Valor empréstimo: R$ 1.000 Valor final: R$ 1.510,82 |
Valor empréstimo: R$ 1.000 Valor final: R$ 1.735,36 |
R$ 224,54 |
Dívida cartão de crédito |
Valor empréstimo: R$ 1.000 Valor final: R$ 1.761,16 |
Valor empréstimo: R$ 1.000 *Taxa de juros: 13,5% Parcela: 12 Prestação: R$ 172,81 Valor final: R$ 2.073,74 |
R$ 312,58 |
* Os cálculos das taxas de juros correspondem a uma média dos valores cobrados no mercado, podendo variam para mais ou para menos de banco para banco.
** os cálculos não consideram taxas de abertura de crédito ou outras que poder ser cobradas em cada banco
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Livre-se das dívidas
Para evitar que o aumento das taxas de juros influenciem cada vez mais no orçamento familiar, o consultor financeiro orienta o consumidor a procurar formas de combater o endividamento.
O pagamento de juros deve ser evitado e para isso é preciso criar o hábito e costume de poupar antes de gastar. “Quando entramos no endividamento mesmo que com taxas de juros menores, gastamos mais dinheiro e certamente com isto deixamos de realizar outros desejos e necessidades”, afirma o consultor.
Já para quem não está endividado, mas quer entrar em uma linha de parcelamento, empréstimo ou financiamento é o momento de pensar melhor antes de cair nesse rumo, já que o aumento da taxa de juros deixa esses mais caros, forçando o consumidor a comprar menos e, com isso, evitando uma pressão inflacionária. Para ele, com os juros mais altos, as compras desenfreadas que as pessoas estão expostas atualmente tendem a reduzir.