Com alta da Selic, momento ruim para fundos imobiliários pode afetar a reciclagem de ativos da Log?

CEO e CFO participaram de live do InfoMoney e falaram sobre balanço e perspectivas: "não há janela para nova oferta de ações e M&A está descartado"

Renan Crema

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O boom do e-commerce, efeito da pandemia de Covid-19, trouxe uma oportunidade e tanto para as empresas que fazem parte do ecossistema do setor de logística. A Log Commercial Properties (LOGG3), por exemplo, manteve contrato com gigantes do varejo para aluguel de seus galpões logísticos classe A, com taxa de inadimplência baixíssima.

“A melhor carteira logística do país”, nas palavras da própria companhia, rendeu à Log um lucro líquido de R$ 383 milhões ao final do último trimestre de 2021, fechando o ano com um faturamento 170% maior do que o registrado em 2020.

O aumento da Selic para dois dígitos não azeda os planos de crescimento da Log, mas pode dificultar um pouco a estratégia de reciclagem de ativos da empresa (quando ela se desfaz de unidades antigas para construir novas).

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Isso porque os fundos imobiliários são compradores potenciais desses ativos e os FIIs naturalmente perdem atratividade em um momento de alta dos juros. Mesmo assim, a empresa diz que está em negociação com alguns fundos e que a alta da Selic não deve atrapalhar seus planos. “Mesmo nesse cenário instável, ainda temos números que indicam um crescimento bastante robusto, e pelo qual estamos bastante otimistas”, disse Sergio Fischer, CEO da Log, em live do InfoMoney.

A live faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, em que o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Eles falam sobre o balanço do quarto trimestre de 2021 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

O motivo do otimismo da Log são as perspectivas de avanço contínuo nos números do comércio eletrônico, que, embora afetado pelo cenário macroeconômico desafiador do país, ainda deve crescer dois dígitos, conforme prevê Sergio. “Veremos um ano recorde”, cravou o CEO da Log.

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A empresa entregou mais de 1 milhão de metros quadrados de área bruta locável no ano passado e, segundo André Vitória, CFO e diretor de relações com investidores da companhia, está em pé o plano de entregar mais de 1,5 milhão de metros quadrados até o final deste ano.

Novo follow on?

Não. Pelo menos, não está nos planos da empresa. A possibilidade até existe, segundo o CFO, mas precisa ser estudada com bastante critério pela Log. “No momento não temos janela para uma nova oferta de ações. Mas é uma possibilidade quando o cenário permitir”, afirmou.

Sobre a concorrência, a Log não enxerga risco. “A carteira de clientes da Log corresponde a 70% da expansão da empresa. E é justamente essa carteira que impede a concorrência de nos alcançar”, destacou Vitória.

Os executivos falaram ainda sobre a política de remuneração aos acionistas, explicaram como a empresa administra o landbank (banco de terrenos), quais são as políticas ESG do grupo, as vantagens em ter uma construtora interna, a crença de que as varejistas não querem verticalizar suas operações logísticas e porque neste momento a Log não quer aumentar sua alavancagem. Assista à live completa acima, ou clique aqui.

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