Consumidor: cartões pré-pagos podem ser aliados do orçamento

Ter controle sobre os gastos é um ponto importante para quem deseja manter as finanças em ordem

Fabiana Pimentel

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SÃO PAULO – Todo consumidor sonha em manter as contas em dia, e ter controle sobre os gastos, sem dúvida, é essencial para que isso aconteça. Seja em uma viagem, comprando músicas e até dando presentes, controlar os gastos não é tão difícil quando não se tem uma ideia exata de quanto se vai gastar.

Hoje, o consumidor tem várias opções de produtos pré-pagos, dentre os quais é possível destacar o cartão pré-pago viagem, o e-commerce controlado e também os vales-presentes, que possibilitam presentear com itens de lojas de departamento, livrarias, passagens aéreas e até esportes radicais.

E-commerce
De acordo com o sócio-fundador do site Peela, Eduardo Almeida, comprar produtos na internet com cartão pré-pago ajuda a garantir o controle do orçamento. “O conceito de pré-pago é bastante conhecido pelos brasileiros. Você só pode gastar aquilo que você tem de crédito”, explica.

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Um dos atrativos para a compra de produtos pela web com cartão pré-pago, de acordo com Almeida, é o fato de não precisar fornecer dados bancários na hora da compra. “O método gera simplificação na hora de comprar”, completa.

Viagens
Outro pré-pago também tem ajudado o orçamento dos brasileiros, principalmente dos que querem viajar para o exterior. “Antes do cartão pré-pago, o viajante trocava o dinheiro por moeda nacional e levava um montante para a viagem. Se o consumidor ficasse sem dinheiro no meio da viagem ou fosse roubado, ele tinha um grande problema. Caso quisesse trocar por outra moeda, pagava altas taxas e acabava perdendo muito”, explica o vice-presidente de Marketing do Grupo Confidence, Paulo Volpe.

Segundo Volpe, o cartão pré-pago tem os mesmos benefícios do cartão de crédito, e ainda conta com IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) baixo, possibilidade de recarga e bloqueio em caso de roubo. “Além do consumidor poder acompanhar os gastos via web, e receber mensagens de texto no celular sobre cada compra realizada, é possível fazer saques e bloquear em caso de perda ou roubo”, acrescenta.

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Os cartões estão disponíveis para dólar americano, canadense e australiano, euro, libra e peso argentino, além do rand, moeda sul-africana, inserida na categoria de cartões pré-pagos, em função da Copa do Mundo que aconteceu em 2010, na África do Sul.

Vale-presente
Comprar um presente para uma pessoa querida pode ser, além de uma tarefa difícil, um vilão do orçamento. Para evitar gastos descontrolados, o consumidor deve impor um valor limite para não estourar as finanças e, para isso, os vales-presentes podem ser grandes aliados. “Quando as pessoas querem presentear e compram antecipadamente, dá para saber quanto se vai gastar, principalmente em restaurantes, quando o preço de um vinho já pode sair completamente fora do que se imaginava”, explica o sócio-fundador da Viva! Experiências, André Susskind.

Segundo o empresário, presentear com um pacote fechado é uma forma simpática de impor limites para o gasto. “É uma opção para quem deseja presentear, mas sem gastos absurdos”, comenta.

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Bancos
Existem também os cartões pré-pagos de instituições financeiras, que costumam ser oferecidos a pessoas que estão excluídas do sistema bancário. Porém, para adquirir esse tipo de plástico, o consumidor precisa levantar os custos para saber se eles realmente valem à pena.

De acordo com a Proteste – Associação de Consumidores, para quem não possui restrições no cadastro de inadimplentes, é mais vantajoso procurar o banco e abrir uma conta-corrente sem a contratação de pacotes específicos, usando apenas os serviços essenciais, que são gratuitos por determinação do CMN (Conselho Monetário Nacional), um direito do cliente, assegurado pelo Banco Central.

Segundo a Associação, o consumidor deve avaliar a sua situação de crédito e questionar se realmente precisa deste tipo de cartão, já que vai pagar tarifas e antecipar o dinheiro ao banco. 

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As tarifas de emissão do cartão pré-pago podem variar de R$ 10 a R$ 15, dependendo da instituição, e a manutenção pode custar até R$ 3 mensais, apesar de alguns bancos não cobrarem nada. Para realizar a recarga, o consumidor tem de ficar atento ao limite, que varia de R$ 2 mil a até R$ 6 mil, conforme o banco.

Para realizar saques, a tarifa também é variável, sendo possível ser isenta ou custar até R$ 7. Já o uso para pagamento de contas não é tarifado, por isso, a Associação aconselha que o consumidor pesquise bem antes de adquirir o plástico.