Cartões, VGBL, empréstimos: veja as mudanças que o governo Lula anunciou no IOF

Imposto Sobre Operações Financeiras terá uma série de novas regras

Agência O Globo

Notas de 200 reais
02/09/2020. REUTERS/Adriano Machado
Notas de 200 reais 02/09/2020. REUTERS/Adriano Machado

Publicidade

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta quinta-feira uma ampla mudança nas regras do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF).

O governo espera uma arrecadação de R$ 20,5 bilhões em 2025 e de R$ 41 bilhões em 2026 com a medida.

Veja o que muda

Plano de seguro de vida com cobertura por sobrevivência:

Planejamento financeiro

Baixe gratuitamente!

Como era: Zero
Como ficou: Continua zero para aportes mensais até R$ 50 mil; para aportes mensais superiores a R$ 50 mil: 5%

Operação de financiamento e antecipação de pagamentos a fornecedores (“forfait” ou “risco sacado”):

Como era: Não mencionada expressamente no decreto
Como ficou: Indicada expressamente como operação de crédito

Continua depois da publicidade

Cooperativa tomadora de crédito:

Como era: Zero
Como ficou: Continua zero para cooperativa com operações até o valor de R$ 100 milhões/ano; acima disso, tributação como as empresas em geral

Crédito pessoa jurídica:

Como era: 0,38% fixo + 0,0041% ao dia = 0,38% + 1,5% ao ano (teto) = 1,88% ao ano (teto)
Como ficou: 0,95% fixo + 0,0082% ao dia = 0,95% + 3,0% ao ano (teto) = 3,95% ao ano (teto)

Empresas do Simples Nacional, operação até R$ 30 mil:

Como era: 0,38% fixo + 0,00137% ao dia = 0,38% + 0,5% ao ano (teto) = 0,88% ao ano (teto)
Como ficou: 0,95% fixo + 0,00274% ao dia = 0,95% + 1,0% ao ano (teto) = 1,95% ao ano (teto)

Continua depois da publicidade

Cartões de crédito e débito internacional:

Como era: 6,38% até 2022; reduziu para 5,38% em 2023 e 4,38% em 2024
Como ficou: 3,50%

Cartão pré-pago internacional, cheques de viagem para gastos pessoais:

Continua depois da publicidade

Como era: 6,38% até 2022; reduziu para 5,38% em 2023 e 4,38% em 2025
Como ficou: 3,50%

Remessa de recurso para conta do contribuinte brasileiro no exterior e compra de moeda em espécie:

Como era: 1,10%
Como ficou: 3,50%

Continua depois da publicidade

Empréstimo externo de curto prazo:

Como era: 6% até 2022; “Curto prazo” chegou a ser de 1.080 dias; zerada a partir de 2023
Como ficou: 3,5%; “Curto prazo”: até 364 dias

Transferências relativas a aplicações de fundos no exterior:

Continua depois da publicidade

Como era: Zero
Como ficou: 3,50%

Operações não especificadas:

Como era: 0,38%
Como ficou: Entrada: 0,38%; Saída: 3,5% 

O que não teve alterações

O governo anunciou nesta quinta-feira um congelamento de R$ 31,3 bilhões no Orçamento de 2025. O valor faz parte do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, documento que faz uma atualização das projeções orçamentárias.

Logo após circularem as primeiras informações sobre o congelamento de recursos, o dólar comercial passou a operar em forte queda. Pouco depois das 14h30m, a moeda americana estava cotada a R$ 5,59, em queda de 0,70%. Os juros futuros, que operavam em alta, passaram a operar próximo à estabilidade. A Bolsa firmou alta e alcançou os 0,5% de valorização no início da tarde. Mas o cenário mudou rapidamente.