Carteira de small caps rende mais de 118% em menos de um ano

Portfólio de ações selecionadas pela Rico Investimentos mais do que dobrou de valor em ano em que o benchmark do segmento subiu 58%

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(Shutterstock)

Não é novidade que 2019 foi um ótimo ano para as small caps, as ações de empresas de menor capitalização da bolsa brasileira — em geral, com até R$ 2 bilhões de valor de mercado.

Em um período em que o Ibovespa, principal índice da B3, subiu 32%, o indicador que acompanha os papéis das menores companhias (SMLL) subiu vistosos 58%.

Mas quem se deu ainda melhor foi quem soube separar o joio do trigo e apostou em ações que se descolaram de seu benchmark.

Os papéis que compõem a Carteira Rico Small Caps, por exemplo, subiram mais de 118% desde sua criação, em março do ano passado.

“O ano de 2019 foi muito bom para a carteira Rico. Conseguimos nos sobressair em um segmento de ações que já teve um desempenho muito acima da média do Ibovespa”, afirma Thiago Salomão, um dos analistas responsáveis pelo processo de stock picking da publicação.

A Rico não divulga quais ações integram hoje o seu portfólio de small caps. Apenas os assinantes da publicação têm acesso aos calls sugeridos pelos analistas. Você pode conhecer a carteira Rico clicando aqui.

Mesmo assim, Salomão dá algumas pistas de quais critérios utiliza na hora de selecionar uma empresa para a carteira.

“Avaliar uma small cap é tão difícil e trabalhoso quanto escolher uma blue chip. Você precisa conhecer a empresa, as pessoas por trás dela, ler os resultados e gastar muita sola de sapato”, conta.

O analista defende, contudo, que o pulo do gato nas small caps está na capacidade do investidor em identificar um gatilho capaz de elevar a empresa a um novo patamar.

“É quando encontramos um diferencial competitivo nas estratégias dessa empresa que identificamos um potencial de valorização exponencial”, explica.

Uma avenida pela frente

As small caps são as ações com maior potencial de multiplicação de patrimônio da bolsa. Isso porque empresas menores têm muito mais terreno para crescer e aumentar sua participação de mercado do que empresas que já dominam os seus setores – as chamadas blue chips.

Para Salomão, a concentração do setor bancário no Brasil ilustra bem essa realidade. Hoje, as quatro maiores instituições possuem juntas uma carteira de R$ 1 trilhão de crédito, com 90% do mercado no país.

“Temos aí um setor com poucos players envolvidos. Neste cenário, um banco que executa bem a sua estratégia, mas ainda tem uma carteira de 5 ou 6 bilhões de reais em crédito tem muito mais espaço para crescer”, argumenta.

Os riscos existem

Por outro lado, justamente por serem menores e mais jovens, essas empresas têm menor liquidez e costumam apresentar mais volatilidade nos momentos difíceis.

Nesse sentido, Salomão defende que o investidor evite tomar decisões precipitadas que possam lhe gerar grandes prejuízos.

“As small caps são ações mais voláteis e as informações sobre elas são mais escassas no mercado. Por isso, conhecê-las a fundo, procurar auxílio profissional e ter paciência são fundamentais para ganhar com elas no longo prazo”, defende.

Agora vai?

Para o analista, a retomada da economia brasileira deve impulsionar o desempenho desses ativos nos próximos anos.

“A retomada do consumo, o crédito mais barato para as empresas e o maior interesse do brasileiro pela renda variável criam um ambiente favorável para esses ativos de risco”, diz.

Para ele, as empresas que estão fora do radar da maioria dos investidores são aquelas que têm mais valor a entregar a seus acionistas em 2020.

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