Caixa e WhatsApp fazem parceria para comunicação do auxílio emergencial; saiba como funciona

Modelo de parceria visa informar melhor todos os beneficiários sobre o calendário

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal, anunciou nesta quinta-feira (15) uma parceria com o aplicativo de mensagens WhatsApp para melhorar o fluxo de informações sobre o auxílio emergencial em 2021.

“Essa parceria vem para ajudar os cidadãos a receberem informações verdadeiras e de forma mais simples. Vai melhorar o fluxo de informações para as pessoas mais humildes”, afirmou o presidente.

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Segundo Guimarães, o acordo com o WhatsApp envolve o envio de 500 milhões de mensagens gratuitas para os usuários que estão recebendo o auxílio emergencial, com o objetivo de compartilhar informações sobre calendário e avisos importantes relacionados ao pagamento do benefício.

Vão receber as informações da Caixa via WhatsApp apenas clientes beneficiários do auxílio emergencial 2021, que tenham o celular cadastrado no Caixa Tem. O conteúdo será restrito a informações sobre o auxílio, como datas de pagamento e próximos passos da prorrogação do benefício, prevista para começar ainda em agosto.

“O usuário vai autorizar, por meio de um aviso prévio no WhatsApp, o recebimento das mensagens. Então, passa a receber as informações”, diz o presidente da Caixa. Ainda não há mais detalhes sobre as mensagens e como vai funcionar o processo de fluxo de informações.

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Dario Durigan, diretor de políticas públicas do WhatsApp no Brasil, explicou que a parceria é inédita no mundo. “O WhatsApp faz questão de estar próximo do governo brasileiro e da Caixa nesse esforço para levar o auxílio a quem mais precisa. Em um momento tão delicado como esse, é importante que os beneficiários evitem aglomerações e sigam bem informados sobre o auxílio. Essa parceria inédita em todo mundo vai permitir que uma conta oficial da Caixa envie mensagens gratuitas aos usuários”, complementou.

Durigan alertou para que os usuários tenham atenção ao interagir com a conta oficial do banco, a fim de evitar golpes e fraudes. “A conta oficial verificada da Caixa vai sempre enviar informações. Nunca pedir senha ou dados pessoais”, disse.

Microcrédito da Caixa

Em 10 de abril, Guimarães compartilhou com o InfoMoney que o banco iniciaria uma mega operação de microcrédito para os brasileiros de baixa renda. 

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Ele explicou que essa nova linha de microcrédito que deve atingir cerca de 10 a 30 milhões de pessoas, com uma taxa média que poderia variar entre 3% e 3,5% ao mês. “Teremos a maior operação de microcrédito, e ela será feita exclusivamente pelo banco digital Caixa Tem”, informou o executivo.

Na prática, a Caixa pretende atrair clientes que hoje fazem uso de linhas de crédito automáticas, como o cheque especial ou o rotativo de cartão de crédito, que têm juros que passam de 10% ao mês. “Essas pessoas vão desenvolver uma curva de aprendizado com o microcrédito. Uma boa parte já toma crédito, mas com taxas muito altas, e vamos oferecer melhores condições”, disse.

Nesta quinta-feira, Guimarães ressaltou que a parceria com o WhatsApp será crucial na estratégia de microcrédito. “As pessoas que estão recebendo o auxílio emergencial são muitas vezes as pessoas que terão acesso ao microcrédito. São pessoas que, quando vão tomar crédito hoje, os juros chegam a 15% ou 20% ao mês. E nós faremos isso a uma taxa muito menor. A Caixa terá a menor taxa de microcrédito do Brasil”, disse o executivo.

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Segundo ele, o banco fará essa oferta pelo app do WhatsApp, com a operacionalização pelo Caixa Tem, e para o público que já recebe o auxílio. A operação de microcrédito ainda não começou (saiba se vale a pena usar essa linha de crédito).

O presidente da Caixa já havia explicado que o Caixa Tem, app que operacionaliza o pagamento do auxílio emergencial, passaria por uma revitalização para se posicionar como o “banco digital brasileiro voltado à população mais carente”.

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Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.