Brasil segue cenário externo de seguro de pessoas e mercado avança mais de 55% desde 2011

Oscilações da economia nos dois últimos anos não impedem forte avanço nos números

Equipe InfoMoney

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Comprometer parte da renda com um seguro pessoal nem sempre é uma decisão simples, ainda mais quando o cenário macroeconômico se mostra desafiador. Mesmo assim, quando observamos a tendência ao longo dos anos, tanto no Brasil quanto internacionalmente, a preocupação em garantir o futuro financeiro de familiares e pessoas próximas tem feito esse mercado se desenvolver.

Dados compilados pela Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que o prêmio bruto total do seguro de vida na União Europeia – ou seja, o quanto os segurados pagaram às seguradoras – somou US$ 950,01 bilhões no ano de 2014, segundo os dados mais recentes disponibilizados pela organização. Esse valor é 21,3% maior que os US$ 783,25 bilhões registrados dez anos antes, em 2005, apesar do registro de um pico superior a US$ 1 trilhão em 2013.

Esse mesmo comportamento pode ser visto nos EUA, onde, apesar de algumas oscilações para mais ou para menos ao longo dos anos, o crescimento total foi de 45% nesse mesmo período, avançando de US$ 607,06 bilhões para US$ 880,04 bilhões. O melhor resultado em termos de pagamentos pelos segurados nos EUA foi em 2012, quando os norte-americanos desembolsaram US$ 919,55 bilhões.

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No Brasil, o ritmo de crescimento é maior, mas o montante de prêmios pagos pelos segurados ainda é muito mais modesto que no exterior. Informações compiladas pela Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) revelam que em 2015 os segurados pagaram R$ 29,8 bilhões às seguradoras em planos de seguro de pessoas – segmento esse que também inclui modalidades como morte acidental, doenças graves, dotal, entre outros. Esse valor representa um salto de 56,2% na comparação com os R$ 19,1 bilhões registrados em 2011.

Os planos contratados via seguro coletivo ainda são os mais comuns no Brasil, mas as contratações de modo individual têm ganhado força ao longo dos anos. A arrecadação das seguradoras com essa modalidade de seguro individual subiu de 11,3% do total dos seguros de vida em 2011 para 17,4% no ano passado, quando alcançou a cifra de R$ 5,2 bilhões.

Esse crescimento nos valores pagos nos contratos de seguro de vida no Brasil ocorre a despeito da desaceleração da economia, que em 2015 registrou seu pior desempenho em mais de duas décadas. Dados apresentados pela Serasa Experian demonstram que, no mês de junho, 59 milhões de brasileiros estavam inadimplentes, o que reforça a percepção de que o brasileiro enfrenta um momento de menor disponibilidade de renda. Ainda assim, a preocupação com os familiares tem feito os brasileiros procurarem esse produto.

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Apesar dessa evolução já expressiva, o potencial de crescimento do mercado ainda é grande no Brasil. Essa ideia é reforçada quando nos comparamos ao cenário internacional, em que o mercado de seguros soma cifras muito maiores, indicando que ainda há muito espaço para crescimento por aqui.

Os produtos de seguros de pessoas também têm pequena representatividade se pensarmos na indústria de seguros como um todo, o que soma à percepção de que esse nicho pode ser explorado mais ativamente nos próximos anos. O mercado segurador, excluindo os planos de acumulação (Família VGBL e PGBL), totalizou arrecadação de R$ 269 bilhões em 2015, segundo dados compilados pela Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), muito acima dos R$ 29,8 bilhões registrados em seguros de pessoas.