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SÃO PAULO – Relatório do Banco Mundial (Bird) divulgado nesta sexta-feira (24/10) apontou o Brasil como o país campeão das desigualdades sociais e econômicas na América Latina e Caribe, mesmo com os avanços conquistados nos últimos anos. A informação é da Agência Brasil.
De acordo com estudo sobre a região, os 10% de brasileiros mais pobres recebem em torno de 0,9% da renda do país, enquanto os mais ricos ficam com a maior parte da renda, cerca de 47,2%. São os pobres que estão ficando cada vez mais pobres e os ricos que têm ganhado mais.
Política econômica e social
Para o vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e Caribe, David de Ferranti, é possível encontrar a origem das desigualdades no Brasil, visto que está intimamente relacionada com a colonização européia. Ferranti disse ainda estar confiante nas políticas do governo de Lula para reduzir estas diferenças no país.
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O vice-presidente disse ainda, ao participar do seminário Desenvolvimento com Justiça Social, na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), que a confiança nas políticas do governo de Lula está baseada em dois pilares: “um econômico e outro social”. Para alcançar estas metas, entretanto, Ferranti afirma ser necessário a contribuição de todos os setores da iniciativa privava, sociedade e governo.
No Uruguai, diferenças são menores
O estudo indicou, ainda, o Uruguai como o país latino-americano com menor índice de irregularidade social, contudo, ainda acima das diferenças verificadas nos países industrializados do Leste Europeu. Nos últimos anos, as desigualdades encontradas na América Latina e Caribe aumentaram de forma significativa em relação a outras regiões do mundo.
Convém destacar, ainda, que as políticas sociais do governo brasileiro foram elogiadas também pelo economista-chefe e vice-presidente sênior do Bird, François Bourguignon, que mostrou satisfação em relação ao novo programa social do governo, o Bolsa Família.
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Bourguignon disse que a transferência de renda estimula investimentos em capital humano no que se refere à saúde e educação. Para ele, 2004 será um ano melhor para o país. “O pior já passou”, disse Bourguignon. Quando a economia voltar a crescer, o vice-presidente sênior acredita que os programas se tornarão mais eficientes.