Black Friday: Proteste diz que lojas inflaram preços e induziram consumidores ao erro

Segundo a Associação, alguns estabelecimentos subiram os preços, mas "maquiagem" foi menor que na última edição do Black Friday

Luiza Belloni Veronesi

Publicidade

SÃO PAULO – As empresas participantes da Black Friday, tanto lojas virtuais como físicas, atraíram consumidores com ofertas, mas inflaram os preços de seus produtos que ficaram fora da promoção. A conclusão é do Procon-RJ e da Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor.

Segundo a Proteste, algumas lojas induziram o consumidor ao erro e fizeram acreditar que ele realmente está comprando um produto com uma promoção, mas a oferta custa mais do que se paga em outros pontos de venda – ou até mais do que o estabeleciomento cobrava há dois dias.

“É óbvio que as empresas têm liberdade de determinar seus preços, mas não podem induzir o consumidor a erro, como acreditar que recebeu descontos quando na verdade foi só uma jogada para aumento de vendas”, afirmou a coordenadora institucional da Associação, Maria Inês Dolci. “Essa conduta é contrária aos princípios estabelecidos no Código de Defesa do Consumidor, como a boa fé e transparência.”

Masterclass

O Poder da Renda Fixa Turbo

Aprenda na prática como aumentar o seu patrimônio com rentabilidade, simplicidade e segurança (e ainda ganhe 02 presentes do InfoMoney)

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

A Associação relatou ainda instabilidades nas lojas virtuais, o que dificultou o acesso e a compra. Houve até fila virtual para acessar as ofertas de eletrônicos, como celulares e tablets e eletrodomésticos. “Mas no geral, os produtos com o selo da promoção realmente estavam com preços menores, com menos ‘maquiagem’ que no ano passado.”

Há lojas que devem prolongar as ofertas até dezembro. Casas Bahia, Colombo, Dafiti, Fast Shop, Fnac, Hering, Lojas Americanas, Magazine Luiza, Marisa, Pão de Açúcar, PBKids, Ponto Frio, Saraiva e Submarino estão entre as grandes empresas incluídas nas promoções.

“É importante que sejam denunciadas às entidades de defesa do consumidor as lojas que cobraram preços mais altos na promoção, para ajudar a subsidiar a documentação sobre os que estão lesando os consumidores, para que haja mais respeito aos direitos”, lembrou a Proteste.