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SÃO PAULO – A biografia da bilionária Lily Safra, escrita pela jornalista Isabel Vincent, do jornal norte-americano New York Times, foi impedida de ser lançada no Brasil pela Justiça brasileira, a pedido do sobrinho de Lily, Leonardo Watkins, que reivindica informações contidas no livro sobre o falecido pai e irmão de Lily, Artigas Watkins.
Segundo o site da Forbes, Leonardo teria entrado com pedido na Justiça para bloquear a biografia “Gilded Lily – Lily Safra: The Making of One of the World’s Wealthiest Widows” (ou “LiLy Safra: a formação de uma das viúvas mais ricas do mundo”, em tradução livre), sob alegação de que ela mancharia a imagem de seu pai no País.
Nos primeiros capítulos, o livro acusa Artigas Watkins de ter se envolvido na morte do segundo marido de Lily, o dono da rede de lojas Ponto Frio, Alfredo Monteverde. Segundo a jornalista, o empresário estava perto de se divorciar de Lily, quando foi encontrado morto com dois tiros no peito. Na época, as autoridades brasileiras consideraram o ocorrido como suicídio e a então viúva herdou todos os bens. A família Monteverde, no entanto, contesta a versão e indica homicídio.
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Caso a biografia seja publicada no Brasil, a editora responsável Harper Collins e a autora deverão pagar uma multa de R$ 100 por cada cópia digital ou em papel.
Ainda de acordo com a publicação, Watkins afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que seu pai era “extremamente correto, dedicado à família e que sempre se manteve distante de sua irmã celebridade.”
Além da misteriosa morte de Monteverde, a vida da socialite bilionária também foi marcada pela morte do banqueiro Edmond Safra, com quem foi casada. Safra morreu em um incêndio em sua cobertura duplex, em dezembro de 1999. O enfermeiro Ted Maher, que cuidava do banqueiro, foi condenado pelo incêndio criminoso.