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SÃO PAULO – O uso de um só bilhete para ônibus, metrô e trens na cidade de São Paulo será possível a partir de 28 de novembro, quando começa a ser implantada a integração entre o transporte estadual e municipal – assinada na última sexta-feira (02).
O convênio será instalado progressivamente e deve começar entre a linha Osasco/Jurubatuba da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que beira a marginal Pinheiros, e a linha verde (Vila Madalena/Ana Rosa) ou lilás (Capão Redondo/Largo Treze) do metrô. Até abril de 2006, todas as 92 estações de trem e 52 de metrô devem estar aptas a receber o sistema.
A medida deve beneficiar cerca de 2 milhões de usuários e o custo será de R$ 15 milhões, divididos igualmente entre Prefeitura e Estado.
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Como funciona
Para que a integração seja possível serão instalados 540 leitores de Bilhete Único nas catracas das estações de trem e metrô. O cartão já utilizado nos ônibus permite ao passageiro pegar até quatro coletivos durante duas horas pagando apenas uma passagem.
No caso da integração com a rede de trilhos, o passageiro poderá fazer as quatro integrações que desejar, sendo uma delas no Metrô ou CPTM – que já são integrados.
O usuário pode iniciar a viagem em ônibus, continuar pela CPTM e/ou metrô, e seguir o itinerário em ônibus. Não é possível, porém, registrar duas integrações no Metrô/CPTM. Ou seja, se o trajeto começa pela rede de trilhos, o passageiro não pode pegar um ônibus e voltar para os trens. Para isso, ele pagará nova tarifa.
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Ainda não está definido o preço da integração, mas já se estima algo em torno de R$ 3,60. Atualmente a passagem de ônibus custa R$ 2; e no metrô ou trem o custo é de R$ 2,10.
Vale lembrar que a integração entre trens e metrô não sofrerá alterações: ainda será possível pagar uma passagem só para utilizar as linhas do sistema sobre trilhos.
Lotação
Com a integração do transporte, o metrô pode ter um aumento de público de até 6%, enquanto a CPTM deve receber um contingente até 14% maior de passageiros.
Este aumento na freqüência é uma das preocupações quanto ao novo sistema de integração, já que pode causar superlotação e piorar a qualidade do serviço nos horários de pico.
As linhas sobre trilhos não podem ser facilmente expandidas. No caso do metrô, por exemplo, o intervalo entre trens já está no limite mínimo de tempo.
De acordo com a secretaria dos transportes metropolitanos, as possíveis conseqüências ainda não foram discutidas. É por isso mesmo que a instalação da integração será feita aos poucos, começando pelas linhas de menor demanda.