Banco Central dá início aos trabalhos de laboratório do real digital

O LIFT Challenge - Real Digital começou na segunda e visa identificar as características de uma infraestrutura para a CBDC brasileira

Estadão Conteúdo

Sede do Banco Central do Brasil, em Brasília (iStock)

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O Banco Central informou nesta quinta-feira (8) que deu início aos trabalhos do LIFT Challenge – Real Digital, o laboratório de execução de projetos de uso da futura moeda digital do BC (CBDC, na sigla em inglês).

O LIFT Challenge – Real Digital começou na segunda-feira (5) e é uma parceria da autoridade monetária com a Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac) que visa identificar as características fundamentais de uma infraestrutura para a CBDC brasileira.

O coordenador da iniciativa do real digital no BC, Fabio Araujo, disse no início de agosto que a previsão de duração do laboratório é de quatro meses. Ao final do processo, a expecativa é ter produtos maduros e poder iniciar os testes com a sua CBDC (possivelmente com valores, grupos e regiões limitadas).

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O presidente do BC, Roberto Campos Neto, tem exaltado o modelo pensado para a moeda digital brasileira e espera vê-la digital em funcionamento em 2024, após vários pilotos em 2023.

A ideia do BC é permitir que os bancos tokenizem (representação digital de um ativo) seus depósitos de modo a oferecer aos clientes a possibilidade de usar divisas digitais sem precisar trocar os recursos mantidos no banco por CBDC, que é um passivo direto da autoridade monetária.

Originalmente, o laboratório do real digital estava previsto para começar no fim de março e acabar no final de julho, mas o BC decidiu suspender o cronograma devido à greve dos servidores, que foi iniciada em abril e durou três meses.

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Das 43 propostas apresentadas ao LIFT, não apenas do Brasil, mas também de sete outros países (Alemanha, Estados Unidos, Israel, México, Portugal, Reino Unido e Suécia), nove foram escolhidas para acompanhamento.

Os projetos de aplicações são os mais variados: aplicações de entrega contra pagamento (DvP), pagamento contra pagamento (PvP), internet das coisas (IoT), finanças descentralizadas (DeFi) e soluções de pagamentos quando tanto o pagador quanto o recebedor se encontram sem acesso à internet (dual offline).

“Com os testes que faremos no LIFT Challenge, várias questões serão esclarecidas, muitas sobre os usos da tecnologia do Real Digital, mas principalmente sobre as especificações tecnológicas da plataforma que servirá de suporte para as fases seguintes da iniciativa”, ressalta Araujo, em uma newsletter do BC que foi distribuída à imprensa.

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