Anvisa recebe pedido de uso emergencial da pílula da Pfizer contra Covid-19

Anvisa tem 30 dias para fazer a análise inicial; Paxlovid é um medicamento do tipo antiviral e de uso oral

Giovanna Sutto

Logotipo da Pfizer (Bloomberg)

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu, nesta quarta-feira (16), o pedido de uso emergencial da pílula Paxlovid, medicamento contra a Covid-19 desenvolvido pela farmacêutica Pfizer.

Conforme o comunicado da agência, o prazo de avaliação para o uso emergencial e temporário de medicamento contra a Covid-19 é de até 30 dias. No entanto, “a análise não considera o tempo do processo em status de exigência técnica, que é quando o laboratório precisa responder questões técnicas feitas pela agência no processo”, ressaltou a Anvisa.

Ou seja, o prazo pode aumentar.

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As primeiras 24 horas de análise serão utilizadas para fazer uma triagem do processo e verificar se os documentos necessários estão disponíveis. Se houver informações importantes faltando, a Agência pode solicitá-las ao laboratório.

Vale lembrar que em 19 de janeiro deste ano, a Anvisa e o laboratório já haviam realizado a reunião de pré-submissão desse produto, o que acontece antes do envio formal do pedido pela empresa.

Remédio contra Covid

O Paxlovid é um medicamento do tipo antiviral e de uso oral. “Estudos demonstram que esse medicamento, quando administrado no início da infecção, tem a capacidade de reduzir os casos de hospitalização e mortes, segundo a avaliação da Pfizer. As informações serão revisadas pela Anvisa”, explicou a agência no comunicado em seu site.

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Segundo estudos da Pfizer, a pílula reduziu hospitalizações e mortes em pacientes de alto risco em 89%. Além disso, o seu uso foi aprovado em caráter emergencial no Canadá, China, Estados Unidos e União Europeia.

Apesar do avanço com o medicamento, a Pfizer ressalta que o remédio não faz com que a vacina deixe de ser necessária. Em entrevista à CNBC, em novembro do ano passado, Albert Bourla, diretor da Pfizer, havia reforçado a necessidade de uma ampla cobertura vacinal.

“O fato de termos um tratamento não é de jeito nenhum razão para não tomarmos a vacina. Na verdade, devemos tomar a vacina. […] Infelizmente, alguns contrairão a doença [mesmo vacinados]”, explicou o executivo.

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.