Ana Marcela Cunha, Yuri Mansur e skate park feminino entram em carteira olímpica com chances de medalha

Atleta da maratona aquática chega ao Japão atrás do único título que ainda não tem; Yuri e mulheres do skate park podem ser surpresa positiva

Olimpíada Todo Dia

A atleta Ana Marcela Cunha durante a prova de maratona aquática em Odaiba Marine Park, Tóquio (Jonne Roriz/COB)

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Faltando pouco menos de uma semana para terminar a edição de 2021 dos Jogos Olímpicos, ainda há muitas medalhas em jogo. O Brasil já conquistou 14, sendo três de ouro (surfe, ginástica artística e vela), três de prata (skate street e ginástica artística) e oito de bronze (judô, tênis, natação, boxe, salto com vara e corrida 400m com barreira).

Na carteira olímpica, atualizamos a lista de atletas brasileiros que têm chance de medalha — seriam as blue chips se estivessem na Bolsa. Como nas carteiras de ações publicadas pelas corretoras, a carteira de atletas reúne os esportistas que estão em momento de valorização, com base nos resultados das últimas competições e agora durante os Jogos Olímpicos.

A carteira é modificada periodicamente, sempre que o cenário mudar. A publicação é feita pelos profissionais do site Olimpíada Todo Dia, especializado em notícias sobre esportes olímpicos, que fechou uma parceria com o InfoMoney para a cobertura dos Jogos.

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Desta vez, incluímos mais três “ativos” na carteira que têm chances de medalha em Tóquio: Ana Marcela Cunha, atleta da maratona aquática, Yndiara Asp, Dora Varella e Isadora Pacheco, do skate park feminino, e Yuri Mansur, do hipismo.

A atleta Ana Marcela Cunha durante a prova de maratona aquática em Odaiba Marine Park, Tóquio (Jonne Roriz/COB)
A atleta Ana Marcela Cunha durante a prova de maratona aquática em Odaiba Marine Park, Tóquio (Jonne Roriz/COB)

Ana Marcela Cunha (maratona aquática)

Ana Marcela Cunha é uma atleta multi-campeã mundial considerada a maior da história na maratona aquática. A nadadora é uma das grandes esperanças de medalha do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 na prova dos 10 km.

Baiana, Ana Marcela começou a nadar aos dois anos, ainda na creche. Em 2001, em Salvador, passou a treinar no Clube Olímpico de Natação. Sua primeira convocação para a Seleção Brasileira de piscina aconteceu aos 12. Ana Marcela se transferiu para o Unisanta, de Santos, em 2006, quando os resultados expressivos começaram a aparecer.

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Aos 14, já estava nas águas abertas. Nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, na estreia da modalidade no evento, Ana Marcela conseguiu o quinto lugar na prova dos 10km.

Em 2010, foi campeã da Copa do Mundo e eleita pela primeira vez a melhor nadadora do mundo pela FINA, além de conquistar o Prêmio Brasil Olímpico, do COB. No Mundial de Xangai, em 2011, chegou ao ouro na prova de 25km da maratona aquática.

De lá para cá, passou a colecionar títulos. Foram inúmeras conquistas nacionais e etapas da Copa do Mundo em diversas distâncias das águas abertas, títulos em Jogos Sul-Americanos, Pan-Americanos e 11 medalhas em Campeonatos Mundiais. Por algumas vezes, a baiana foi eleita a melhor nadadora do ano.

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Se fosse um ativo, Ana Marcela Cunha seria talvez o que tem um histórico mais sólido e confiável dentre todos da Bolsa de Valores Olímpica Brasileira. Centrada, forte fisicamente e de um talento indiscutível, seria recomendada por todos principais analistas financeiros.

Seu único “problema” é a falta de medalha olímpica. Em 2008, a atleta era muito jovem. Em Londres 2012, Ana não conseguiu a classificação por muito pouco e não pôde participar da prova. Seu ano era para ter sido em 2016. A atleta chegou como favorita à medalha, mas teve problemas com a alimentação durante a prova e teve de se contentar com a quinta colocação.

Sem se abalar, Ana Marcela continuou com tudo e teve o melhor ano de sua vida em 2019. Saiu com medalha nas três provas que disputou no Campeonato Mundial (5km, 10km e 25km), além de ser tricampeã nos 25km. Para coroar o ano de ouro: foi eleita pela quarta vez a melhor nadadora pela FINA.

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A única prova da maratona aquática do programa olímpico é a dos 10km. Nela, Ana Marcela nunca conquistou um ouro em Campeonatos Mundiais (ela possui uma de prata e duas de bronze na distância).

Apesar de nenhum título ter vindo na distância da Olimpíada, é importante dizer que foram poucas as vezes que Ana não subiu ao pódio nos 10km no ciclo olímpico, sendo uma dessas justamente o Mundial da modalidade em 2019, quando suas principais adversárias a bloquearam na reta final da prova, finalizando em quinto lugar.

A prova que Ana tem pela frente é muito disputada e há nadadoras de alto nível, tal qual a italiana Rachele Bruni, a chinesa Xin XIn e a holandesa Sharon van Rouwendaal. Será o ativo olímpico brasileiro com mais chance de performar.

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A prova acontece na noite de hoje (manhã de quarta-feira em Tóquio). A esperança é que Ana Marcela Cunha conquiste finalmente sua tão sonhada medalha olímpica, tal qual Bruno Fratus no final de semana.

Yndiara Asp, do skate park feminino (Instagram-Reprodução)
Yndiara Asp, do skate park feminino (Instagram-Reprodução)

Skate park e hipismo

Existem alguns ativos da Bolsa Olímpica Brasileira de muito maior risco, mas que podem beliscar um pódio hoje. Podemos listar as mulheres do skate park feminino e Yuri Mansur, no hipismo.
Diferentemente do que ocorreu no skate street feminino, quando as três brasileiras eram favoritas ao pódio mas somente a jovem Rayssa Leal conquistou medalha, o trio formado por Yndiara Asp, Dora Varella e Isadora Pacheco chegam a Tóquio na categoria daqueles que podem surpreender.

O principal nome da equipe brasileira é Yndiara. A skatista beliscou o primeiro grande pódio internacional com o quarto lugar da etapa de Nanjing do circuito mundial em 2019, com pódio completamente japonês. Ynd, como é conhecida, não participou do último Mundial devido a uma lesão no púbis, quando era favorita a conquistar a primeira medalha brasileira da história do evento.

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Além dela, Dora Varella, sexta colocada no Mundial e Isadora Pacheco, sétima, completam o time brasileiro, que pode surpreender as japonesas e figurar no pódio olímpico. Aliás, a grande amizade e união entre as três pode ser um grande diferencial na hora da competição.

O problema é que o Japão domina totalmente o park feminino, a ponto de poder fazer um pódio completo para os donos da casa. Será uma zebra enorme se o país, que fez dobradinha nas duas últimas edições do mundial, sair sem medalhas.

Yuri Mansur, cavalheiro do Brasil, disputa as qualificatórias na modalidade saltos do Hipismo no Equestrian Park (Miriam Jeske/COB)
Yuri Mansur, cavalheiro do Brasil, disputa as qualificatórias na modalidade saltos do Hipismo no Equestrian Park (Miriam Jeske/COB)

Já Yuri Mansur é um cavaleiro experiente e que compete nos principais torneios da Europa. Ele chegou em Tóquio como o segundo nome para a prova individual. O favorito e mais bem ranqueado cavaleiro brasileiro é Marlon Zanotelli, que atualmente ocupa a 7ªa colocação do ranking mundial.

A prova que dava vaga a 30 cavaleiros à final individual foi disputada hoje. Mansur foi um dos 25 que zeraram o percurso avançando com tranquilidade à final dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Zanotelli acabou em 31º lugar.

Yuri não é favorito, mas pode surpreender, assim como as meninas do skate park. Se fossem ativos e o investidor tivesse um dinheiro extra, valeria o investimento em ambos.

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