Alemanha amplia restrições e pode obrigar população a receber vacina contra a Covid

Quem não se imunizou terá acesso negado a serviços de cultura e lazer; a exceção será para os segmentos essenciais, como supermercados, farmácias e padarias

Agência Brasil

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A vacinação contra a Covid-19 na Alemanha poderá ser obrigatória a partir do próximo ano, anunciou nesta quinta-feira (2) a chanceler Angela Merkel. Em paralelo, serão também impostas medidas mais restritivas para a população que ainda não se vacinou. Ela ficará impedida de ter acesso a grande parte de serviços de cultura e lazer.

A decisão foi anunciada durante uma conferência que reuniu a atual chanceler e o sucessor, Olaf Scholz, que deverá ser eleito no Bundestag [parlamento] na próxima semana.

Merkel e Scholz concordaram na elaboração de um projeto de lei para tornar a vacinação obrigatória. O documento será submetido ao parlamento para entrar em vigor entre fevereiro e março.

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Os dois líderes chegaram também a um acordo com os representantes dos 16 estados federados da Alemanha para impedir o acesso de quem ainda não se vacinou a serviços de cultura e lazer, com a exceção apenas de estabelecimentos essenciais como supermercados, farmácias ou padarias.

Este novo sistema proíbe o acesso de pessoas ainda não vacinadas a bares, restaurantes, teatros, cinemas, recintos desportivos ou comércio não essencial. Além disso, eles ficam também limitados ao contato no máximo com duas pessoas fora do seu agregado familiar.

Números alarmantes

A Alemanha conta até ao momento com 68,7% da população vacinada (80% da população adulta). Nos últimos dias, os números da Covid-19 no país estabilizaram, mas continuam alarmantes, com muitos hospitais perto de um ponto de ruptura. A emergência de uma nova variante, a ômicron, só veio adensar ainda mais os riscos de sobrecarga dos hospitais nos próximos dias.

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“A quantidade de trabalho dos hospitais está perto de atingir limites”, alertou Merkel. A chanceler alemã apelou à vacinação e disse que as novas regras são “um ato de solidariedade nacional” com o objetivo de reduzir o número diário de novas infecções.

Olaf Scholz, que deverá suceder Angela Merkel a partir da próxima quarta-feira (8), reconhece que a situação de saúde no país é “muito, muito difícil” e que os números de infecção estabilizaram, “mas a um nível demasiado elevado”. Hoje, a Alemanha registrou mais 73 mil novas infecções e 388 mortes por Covid-19.

O futuro chanceler alemão disse, ainda, que a prioridade agora é “convencer quem ainda não se vacinou”. O governo de Merkel e Scholz pretende aplicar mais 30 mil doses de vacinas até o Natal.