SÃO PAULO – Conforme informou o Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRECI-SP), em pesquisa divulgada nesta segunda-feira (18), a normalização do funcionamento do Judiciário fez com que as ordens de despejo disparassem em setembro.
Total de ações de despejo aumentou com greve
A pesquisa revelou que as ações de despejo por falta de pagamento aumentaram 61,93% no Fórum da Capital em relação ao registrado no mês de agosto. No total foram 787 ações em setembro contra 486 em agosto.
Segundo afirmou o presidente do CRECI-SP, José Augusto Viana Neto, o elevado aumento pode ser atribuído à ocorrência da greve do Judiciário, que impediu a maioria dos proprietários de mover ações durante os 91 dias de paralisação.
O número de ações de despejo propostas para retomada do imóvel para uso do proprietário, que são intituladas de ações ordinárias, também aumentou 26,32% (48 ações) em setembro na comparação com agosto.
Já o número de ações renovatórias, que são propostas para renovação compulsória de contratos comerciais com prazo de cinco anos, baixou 22,73% (17 ações). Por último, as ações consignatórias, movidas em caso de discordância de valores de aluguéis e encargos, decresceram 33,33% (8 ações).
Pedido de rompimento de aluguel diminuiu
Embora um elevado número de pessoas ainda não consiga arcar com o pagamento dos aluguéis e, por isto, acabe devolvendo as chaves do imóvel ao proprietário, em setembro esta realidade esteve presente para um número menor de pessoas.
De acordo com a pesquisa do CRECI, o número de inquilinos que resolveram romper com o contrato de aluguel em setembro caiu 2,03% em relação a agosto. Com isto, o total de contratos rompidos em relação ao total de imóveis alugados passou de 52,39% para 51,33% de agosto para setembro.